É jurista, jornalista, assessor parlamentar em Bruxelas, entre outras atividades que exerce por paixão à leitura, à poesia e à arte. Nascido no Cercal do Alentejo há 60 anos, é lá que tantas vezes se recolhe para recuperar energias para voltar à carga nos seus deveres profissionais. Homem de sensibilidades quase irónicas sobre momentos, pontos de vista ou atualidades quotidianas, poeta nas horas vagas, Monteiro Cardita, vai dar-nos as suas impressões sobre a vida e tudo o que nos rodeia.

10 Fev

Comidinha boa é a nossa!

Estou longe de ser um chauvinista, mas não nosso deixar de considerar que não há melhor comida no mundo do que a inventada na nossa terra e feita pelas mãos das nossas avós, mães e tias, que guardam ancestrais segredos e truques de bem cozinhar em…
20 Jan

Não há pastelaria como a do Garcia!

Na nossa mui rica e variada doçaria sobressai o pastel de nata, que se afirma com o traço distintivo de ser uma invenção exclusivamente portuguesa. Mas, há sempre um mas na história, e o pastel de nata não nasceu de geração espontânea. É preciso r…
13 Jan

Saudades de casa

Sem as mercearias portuguesas no estrangeiro a vida dos emigrantes foi, era ou seria muito mais dura ou desagradável. O mais normal hoje em dia, para quem vive em Portugal, é fazer do supermercado o local privilegiado de abastecimento das compras …
15 Dez

Começou a nevar

É sempre com enorme alegria que se recebem as primeiras neves do ano, principalmente na cidade. Apesar de anunciada na cor plúmbea do céu, nas aplicações meteorológicas dos telefones inteligentes e nos noticiários da comunicação social, vê-la cair…
03 Dez

‘Streap tease’ de Outono

Cada um gosta do que gosta e poucos gostam do amarelo, quase ninguém gosta do outono e todos dizem destetar o inverno. Parece que a maior parte das pessoas prefere a primavera e verão. Nada a fazer. É isto e está bem pois é da natureza humana que …
11 Nov

Crónica dos dias tristes

Ao dia de todos os santos segue-se o de finados, aquele em que prestamos culto aos mortos e em particular aos nossos defuntos. Para mim, no entanto, esta quadra mais triste começa logo a 30 de outubro, dia em que faleceu o meu querido e saudoso p…
18 Out

Alvos em movimento

Em tempos de guerra como os atuais, é mais aguda a consciência dos perigos de se viver em cidades alvo, especialmente em capitais europeias como Paris, Berlim, Bruxelas, Roma ou Londres, o que constitui por si só uma experiência de trazer os cidad…
01 Out

O mais horrível espetáculo humano

A cada hora que passa aumenta mais e mais a sensação de que não tarda a III Guerra Mundial e estará mesmo para breve o seu início. Depois das ameaças sem fim, das iradas palavras carregadas de belicismo, num crescendo de vómitos guerreiros, o tom …
16 Set

Manuscrito e digital

Já não sei escrever à mão. É uma tristeza. As palavras emperram e as letras encavalitam-se umas nas outras. Os dedos travam-se e já não se articulam para as desenhar. Definitivamente, perdi-lhe o jeito de tanto dedilhar no teclado, esse malvado a…
01 Set

A chegada da PDI

Vem devagarinho ou aparece de repente, mas quando chega instala-se e nunca mais se vai embora. Ninguém está à espera dela e também ninguém quer ver por perto a hora do condor, agoirenta ave que anuncia o fim dos bons tempos e a consequente chegad…
18 Ago

Peluches deitados ao lixo

Boa parte das crianças no mundo ocidental têm os seus quartos repletos de peluches, uns maiores, outros mais pequenos, uns caros, outros baratos, que profusamente se amontoam nos quartos de dormir ou brincar, mas quase todos amados ao início para …
12 Ago

Glória aos vencedores e honra aos vencidos

A simbólica é uma dimensão da vida que tento captar a todo o instante no que está à vista de todos e também no que se esconde de toda a gente, para dessa forma penetrar mais fundo na raiz dos objetos e assim os compreender melhor o verdadeiro sign…
05 Ago

Sobreviventes

Nem sei muito bem por onde começar este texto a não ser que tenho de começar por algum lado, pois vou atrever-me em caminhos que nunca trilhei, em áreas que não estudei, sendo escasso o meu conhecimento na matéria, mas é mister que me debruc…
29 Jul

À mingua de uma gota de água

Do livro “Charneca em Flor” da Florbela Espanca há um terceto do soneto intitulado “Árvores do Alentejo” que por o achar deveras impressivo o retenho de memória desde que pela primeira vez o li e aqui hoje o transcrevo: “Árvores! Não choreis! Olha…
22 Jul

O bailinho da aldeia

Nada já é como antigamente, nem mesmo o bailinho da aldeia. Lá atrás no tempo, toda a gente do lugar e dos montes em redor ansiava pela noite em que faziam o jeito a pé e namoriscavam no terreiro enquanto dançavam nos braços do respetivo amor com …
15 Jul

Um dia de Domingo na Costa da Caparica

Em dias de calor extremo recordo uma ida infernal à praia na Costa da Caparica. Ainda não são dez horas da manhã de domingo e já todos os acessos à ponte 25 de Abril se encontram completamente atafulhados de carros com engarrafamentos de quilómetr…

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