Os avós e outros dois familiares de Émile Soleil, de dois anos e meio que desapareceu nos Alpes da Alta Provença, França, e o corpo apareceu oito meses depois, foram detidos no âmbito da investigação.
Quem traz a história é o Le Figaro que nos dá conta que o Ministério Público francês, considera os quatro adultos — os avós e “dois dos filhos adultos” do casal — suspeitos de “homicídio voluntário” e “ocultação de cadáver”.
O comunicado assinado pelo procurador Jean-Luc Blanchon, tornado público pela AFP, explica que as detenções se inserem numa “fase de verificação e confrontação de elementos e informações recolhidas durante as investigações realizadas nos últimos meses”.
Uma fonte conhecedora da situação explicou que “não há dúvidas” de que existe um responsável pela morte da criança. “Se terá causado dano à criança de forma intencional ou acidental é impossível dizer neste momento. Mas que possa ter havido uma intervenção humana é muito provável”, admite.
Em fevereiro deste ano, os avós de Émile, Anne e Philippe Vedovini, garantiram desconhecer o paradeiro da criança. “O tempo do silêncio deve dar lugar ao tempo da verdade (…) Não podemos mais viver sem resposta, ainda não sabemos o que aconteceu com Émile”, referiram, aos jornalistas.
Já na tarde desta terça-feira, a advogado do avô de Émile, Isabelle Colombani, disse aos jornalistas que a detenção de Philippe Vedovini “não significa nada”. “O que está a acontecer hoje não é o que esperávamos.” No entanto, “estar sob custódia policial não significa nada”, disse a advogada, citada pela BFMTV.
Émile Soleil desapareceu num sábado, dia 8 de julho de 2023, quando passava férias em casa dos avós, em Vernet, nos Alpes da Alta Provença, em França. Foi nesse local, a brincar no jardim, que foi visto pela última vez com vida. As primeiras notícias davam conta de que estaria sozinho com os avós, mais tarde outras informações indicavam que havia pelo menos uma dúzia de familiares no local, naquela que foi descrita como uma reunião de família em casa dos avós. A “complexidade do caso” justificou a abertura de um inquérito judicial dez dias após o desaparecimento.
Mais de oito meses depois do dia do desaparecimento, as autoridades francesas anunciaram ter descoberto os restos mortais da criança, perto da aldeia de Vernet, onde a criança tinha sido vista pela última vez, em julho de 2023.