Macron reage a ataque em escola: “O meu coração está com as famílias”. Bayrou quer mais segurança dentro dos edifícios de ensino.
O chefe de Estado assegurou que “o choque e dor são partilhados por toda a nação”.
O presidente francês, Emmanuel Macron, reagiu, esta quinta-feira, ao ataque no colégio privado de ensino secundário Notre Dame de Toutes Aides, em Nantes, no qual um aluno morreu e três outros ficaram feridos.
“Um adolescente perdeu a vida e três outros alunos do ensino secundário ficaram feridos na sequência de um ataque com faca numa escola secundária em Nantes. O meu coração está com as famílias, os alunos e toda a comunidade educativa, cujo choque e dor são partilhados por toda a nação”, escreveu Macron, na rede social X (Twitter).
O chefe de Estado salientou ainda que, “com a sua intervenção, os professores evitaram, sem dúvida, outras tragédias”.
“A sua coragem merece respeito”, rematou.
Já Bayrou quer mais segurança nas escolas
O primeiro-ministro francês pediu controlos de segurança mais rigorosos nas escolas após o esfaqueamento quinta-feira numa escola secundária na cidade de Nantes (oeste), que causou um morto e três feridos.
François Bayrou pediu de imediato aos Ministérios da Administração Interna e da Educação para que “intensifiquem os controlos em torno e no interior dos estabelecimentos de ensino”.
“Este drama ilustra mais uma vez a violência endémica que existe em parte da nossa juventude”, declarou o chefe do Governo francês, numa declaração depois do ataque, que levou à detenção de um aluno, de 15 anos, da escola onde o esfaqueamento ocorreu.
O governante pediu que num máximo de quatro semanas lhe sejam entregues “propostas concretas de prevenção, regulamentação e repressão” para travar o fenómeno da violência cometida por menores com armas brancas.
O incidente ocorreu na escola secundária privada de Nantes Notre Dame de Toutes Aides e que resultou na morte de uma jovem e em ferimentos em três estudantes, um dos quais com extrema gravidade.
O agressor, sem antecedentes criminais ou registo de radicalismo, atacou alunos de duas turmas antes de ser desarmado e detido por professores que o entregaram à polícia.
O Le Parisien avançou que o agressor nasceu em 2009, em Saint-Herblain, e foi identificado como Justin P. O jovem vive em Sainte-Luce-sur-Loire, uma cidade a menos de 10 quilómetros de Nantes, e não era conhecido pelas autoridades. O mesmo meio adiantou que Justin P. tem tendências “suicidas” e, durante a sua detenção, terá pedido a um dos agentes para que lhe desse “um tiro na cabeça”.
Antes do ataque, o jovem terá enviado um manifesto com 13 páginas aos colegas, no qual apelava ao combate ao “ecocídio globalizado”, assim como à “alienação” causada pelo sistema.
Fontes da investigação acrescentaram que o jovem tinha um perfil depressivo.
com LUSA