Giorgio Armani, o designer visionário que transformou a moda global com sua elegância discreta e tino para os negócios, morreu aos 91 anos, de acordo com um comunicado do Grupo Armani.
Considerado o arquiteto do estilo italiano moderno, Armani construiu um império da moda que durou décadas e redefiniu o luxo com sua alfaiataria desestruturada e atenção meticulosa aos detalhes.
O estilista não era tímido perante as câmeras e os holofotes mas considerava-se menos como um artista e mais como uma presença guia nos bastidores — um sentimento que expressou em Made in Milan , o documentário de 1990 dirigido por Martin Scorsese. “Gostava de ter sido diretor”, disse Armani no filme. “A paixão ainda está no meu sangue.”
Essa paixão cinematográfica moldou uma de suas contribuições mais duradouras para a moda: a fusão perfeita entre celebridade e estilo. Armani foi um dos primeiros estilistas a cortejar ativamente Hollywood, estabelecendo presença em Los Angeles e vestindo estrelas dentro e fora do cinema.
O sucesso chegou com Gigolô Americano (1980), onde o guarda-roupa Armani de Richard Gere apresentou a marca a um público global.
De Michelle Pfeiffer a Jodie Foster — cuja vitória no Oscar de 1992 com um tailleur Armani rosa-claro a colocou na Lista Internacional das Mais Bem Vestidas — as criações de Armani eram sinónimo de elegância na ‘red carpet’ ou fora dela.
Armani ajudou estrelas a encontrar o próprio estilo, muitas vezes antes mesmo de saberem que o tinham, e elevou o papel da moda no entretenimento.
Ao longo das décadas, os vestidos e smokings de Armani tornaram-se peças essenciais para ícones como Cate Blanchett, Julia Roberts, Beyoncé e George Clooney. Como Anna Wintour certa vez observou, Armani deu às estrelas de cinema não apenas um visual moderno, mas também um que ecoava o glamour atemporal da Era de Ouro de Hollywood.
Fonte: Newsweek.com
