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Polémica em Itália: IA ‘despe’ celebridades em site para adultos

Jornalista apresentou queixa no Ministério Público e afirma que “esta não é apenas a minha história, mas o prelúdio de um perigo que afeta a todos”.

Um fórum italiano está a gerar controvérsia por usar a Inteligência Artificial para colocar imagens de famosos despidas na sua plataforma.

O caso está a ser denunciado por personalidades como Francesca Barra, jornalista que acaba de apresentar uma queixa contra a plataforma SocialMedia Girls, conta o Corriere della Sierra.

A mulher explica nas suas redes sociais que foram usadas imagens que transmitem a ideia de que esta terá pousado nua nos bastidores do estúdio onde trabalha.

“Esta não é apenas a minha história, mas o prelúdio de um perigo que afeta a todos. Nenhuma mulher, nenhuma rapariga deveria ter que enfrentar um corpo inventado e se sentir magoada duas vezes: à imagem e impunidade”, escreve a mulher, referindo que o seu primeiro receio foi sobre a reação do seus filhos.

“Tenho pensado nos meus filhos e sentindo vergonha e medo do que eles poderiam ouvir ou ler se essas imagens acabassem nas mãos erradas”, completa.

O site existe há cerca de pelo menos 11  anos e contém uma categoria que se intitula ‘AI Undress Anybody’ (IA despe qualquer pessoa) e outra com ‘Celebridades Italianas Nuas’.

Nessa pasta, é possível encontrar imagens adulteradas de pessoas como Chiara Ferragni, Caterina Balivo, Angelina Mango ou Sofia Loren, refere o La Sicilia.

“Descobri ontem que há imagens minhas nua a circular num site de conteúdos para adultos, geradas com inteligência artificial. Não sou eu, mas alguém decidiu inventar essa mentira para chamar a atenção e levantar suspeitas sobre a minha conduta profissional”, escreveu Barra nas redes sociais

A profissional apresentou queixa ao Ministério Público, que informou que iniciará investigações sobre a natureza do conteúdo publicado. Francesca refere ainda que o problema maior desta situação não é o facto de aparecer nua, mas sim o facto de estas fotos não terem o seu consentimento.

Os meios italianos referem que a situação em causa levanta grandes questões sobre ética, privacidade e regulamentação da rede.

*Notícias ao Minuto