Monteiro Cardita
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“Guerra, guerra, guerra. Cada dia a piorar mais e mais.”

Hoje a fraude rezava assim:
“Olá pai, acrescenta o meu novo contacto estou a usar este será o meu número provisório, o meu telemóvel avariou e tive de o deixar em assistência técnica para o reparar.”
A mensagem chegou via WhatsApp e o nome da minha filha era o correcto.
Ora sucede que mesmo que o telemóvel fosse a arranjar o número mantinha-se o mesmo porque o cartão sim não precisaria de ser substituído.
Esta gente das fraudes tomam-nos por imbecis, ingénuos ou estúpidos quanfo na verdade são eles que padecem dessas patologias agravadas com o ilícito penal na forma tentada.
Evidentemente já falei com a minha filha para o seu número e o telefone dela estava a funcionar normalmente.
Aqui deixo mais um alerta de fraude num dia em que a guerra continua a grassar pelo mundo descontroladamente.
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Já vou ter uma noite mais descansada depois de tomar conhecimento de que Israel acaba de lançar um ataque preventivo contra o Irão.
O ministro de Defesa de Israel anunciou entretanto que foi declarada situação de emergência em todo o país.
“Na sequência dos ataques preventivos contra o Irão, um ataque de mísseis e drones é esperado contra o Estado de Israel e a sua população civil no futuro imediato”, anunciou Israel Katz.
Neste momento, e de acordo com a CNN Internacional, várias explosões estão a ser ouvidas em Teerão.
E pronto. Assim vai o mundo. Guerra, guerra, guerra. Cada dia a piorar mais e mais. Que loucura, que absurdo.
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Acabei de ter um sonho acordado.
Por uma vez que fosse gostaria de ver na rua todos os partidos políticos democráticos juntos numa manifestação em defesa da democracia, da liberdade, da solidariedade, neste tempo em que as forças cegas da besta andam à solta pelas ruas espalhando violência e ódio.
A demonstração de que o que nos une é mais forte do que o que separa seria um acontecimento de enorme relevância, dando assim expressão a uma vontade majoritária de gente ordeira, pacífica, tolerante e madura ao ponto de se reunir em torno do ideal democrático.
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A violência está na rua.
Os fascistas estão na rua.
Os neo-nazis estão na rua.
Os métodos que estão a utilizar são os mesmos da Alemanha de 1939 de Hitler ou da Itália de Mussolini.
Os democratas deixaram de poder dormir descansados. É preciso ir à luta e lutar por uma sociedade livre, tolerante, adogmática, multicultural, aberta, fraterna e plural, onde não haja lugar a discursos de ódio, racistas ou xenófobos.
O mundo não é feito a branco e preto, antes compreende todas as cores do arco íris, nem tampouco é uma lei da selva de imbecis cheios de músculos que exploram as mais básicas emoções.
A razão tem de prevalecer e derrubar os preconceitos, as patologias degenerativas e os alinhamentos obscurantistas.
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O 10 de junho foi um dia estranho. O discurso luminoso de Lídia Jorge nas cerimónias oficiais do dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas, ficou ofuscado pela violência desportiva de adeptos sportinguistas contra portistas, pelo hediondo ataque fascista as portas do teatro a Barraca, e fora de portas o assassínio de 10 jovens numa escola austríaca e de uma professora em França, para não referir o que está acontecendo em Los Angeles nem as guerras na Ucrânia e em Gaza.
A violência banalizou-se de uma forma absolutamente assustadora, os discursos de ódio proliferaram a velocidades loucas, a desinformação é espalhada nas redes sociais sem nenhum pudor, as sociedades desagregam-se às mãos de canalhas e facínoras.
Estamos num momento de grande mudança em que os valores são deixados de lado, esquecidos, como atavismos não mais necessários para quem manipula o caminho do futuro para onde forças que não dominamos nos conduzem enquanto espécie neste planeta enlouquecido por ação humana e da sua própria dinâmica.
O porvir apresenta-se muito assustador, tanto mais se juntarmos aos vários desmandos a Inteligência Artificial fora do nosso controlo.

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