O presidente ucraniano tem tido dias complicados e absolutamente dramáticos desde que os russos cruzaram a fronteira do seu país para o invadir grosseiramente. “Para desnazificar”, justificaram. Até ao momento tem morto crianças e pessoas desarmadas, civis.
Estas duas fotografias Volodymyr Zelensky tem uma diferença de 41 dias.
A primeira foi tirada a 23 de fevereiro deste ano, um dia antes da invasão em larga escala da Rússia na Ucrânia, a segunda é de hoje, dia 4 de Abril, durante a visita a Bucha onde tomou contato com a realidade de quem não foi morto.
Nem todos tiveram a mesma sorte já que os militares russos cometeram verdadeiras atrocidades com a população.
Volodymyr Zelenski acusa os russos do massacre e de genocídio, mas afirma que as negociações para encontrar a paz têm de continuar.
O presidente ucraniano chamou os soldados russos de “assassinos, torturadores, violadores, saqueadores”, depois de serem encontrados dezenas de corpos em várias aldeias e cidades ao redor de Kiev.
Zelensky andou pela localidade, conversou com os sobreviventes, ouviu as suas histórias, quase chorou com a barbaridade e relatos.
Também foi ajudar a distribuir alimentos e víveres ara a população que esteve cercada um mês sitiados pelos russos que se instalaram na localidade.
Curiosamente, no centro de apoio onde foi ajudar, andou a distribuir leite português Mimosa.
O padre de Bucha, uma pequena localidade ao noroeste de Kiev, afirmou aos jornalistas que teve de abrir uma vala comum no terreno da igreja para enterrar os corpos mortos pela cidade.
Mas não é tudo. Foram encontrados cadáveres torturados e de mãos amarradas nas costas e depois baleados na cabeça. Mulheres violadas e marcadas nas costas com cruz suástica e mortas. Crianças mortas de mãos amarradas e torturadas.
Zelenski tem nele o peso todo de um país e, principalmente, dos seus mortos inocentes.
Ao longo destes 41 dias de guerra, o presidente ucraniana envelheceu. Tem o rosto mais enrugado e pesado. Os olhos menos sorridentes.
Porém, nada o demove de defender o seu país, a sua terra.