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O Estado penhorou o salário ao ex-guarda-redes do FC Porto

Vítor Baía com salário penhorado

 |  Alexandra Ferreira  | 

O Estado penhorou o salário ao ex-guarda-redes do FC Porto, Vítor Baía, por uma dívida de 5,4 milhões de euros. A Parvalorem aplicou a medida que lhe garante o pagamento de uma dívida herdada do BPN.

O atual vice-presidente do FC Porto nunca conseguiu resolver as dívidas herdadas de maus negócios que fez no passado.

Agora, para garantirem o pagamento de cerca de 5,4 milhões de euros, que Baía tinha para com o BPN, o Estado penhorou-lhe o salário.

De acordo com o jornal Correio da Manhã, que trouxe esta notícia a lume, quem ordenou esta penhora foi a Parvalorem, entidade pública que gere os ativos tóxicos do BPN, e que herdou dívidas do BPN, na sequência da reprivatização do banco.

Vítor Baía ganha cerca de 15 500 euros brutos por mês como administrador da SAD portista e, para se sustentar vai ficar com 1995 euros por mês, o equivalente a três salários mínimos, em 2021.

Porém, o ex-guarda redes, só tem dois bens em seu nome: uma quota de cinco mil euros na Randomstar e uma quota de 1250 euros na Cleal, no total de 6250 euros.

Pelo menos é o que está declarado no Processo Especial de Revitalização (PER) apresentado, no final de 2015, para evitar a falência pessoal.

A Parvalorem quer recuperar uma dívida da Storehouse – Investimentos Imobiliários, empresa controlada por Vítor Baía.

A dívida da Storehouse está também garantida por hipotecas sobre imóveis da sociedade.

Desde outubro de 2014 que a Parvalorem tenta que a empresa de Baía lhe pague essa dívida. A entidade do Estado nunca conseguiu que a Storehouse lhe pagasse.

Segundo o que o mesmo jornal apurou, Vítor Baía já teria tentado, há 5 meses, negociar com a Parvalorem no sentido de regularizar a dívida da Storehouse. Terá proposto pagar à entidade do Estado 200 mil euros durante um prazo de oito anos. Pagaria à Parvalorem 25 mil euros por ano. Quanto à restante dívida, seria perdoada. A proposta foi recusada.

A Parvalorem herdou do BPN dívidas de três empresas de Vítor Baía: no total, Sunderel, Storehouse e Cleal, todas ligados ao setor imobiliário, tinham uma dívida de mais de 14,9 milhões de euros. A venda de imóveis permitiu pagar grande parte dessa dívida.

Segundo o relatório anual da Porto SAD de 2020/2021, Baía ganha 216 667 euros brutos por ano. Em 14 meses, esta remuneração dá 15 476 euros por mês.

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