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Verão, a estação do desejado bronze

A natureza não deu nome aquilo a que chamamos as estações do ano; a razão da sua existência, essa sim é sua, e resulta da viagem que à volta do Sol faz, durante um longo ano, o nosso “habitáculo suspenso”, a Terra, que roda sobre si ao mesmo tempo, para marcar o dia.

Fomos nós que nomeamos esses quatro espaços distintos, como Outono, Inverno, Primavera e Verão.

E era exatamente ao Verão, que eu queria chegar, à estação do tão desejado bronze, aquele tom de pele moreno, saudável e sensual, que todos tanto parecem apreciar.

Em cada Verão, com mais ou menos protetor, logo se metem os veraneantes ao trabalho, vira para cima, vira para baixo, em teimosas e prolongadas sessões de raios solares;

Começam por ficar vermelhos, tipo camarão cozido, e depois, aos poucos, lá vão escurecendo o suficiente, para despertar a inveja de quem férias não pode ter, e nem paciência terá para fazer tanto exercício.

Mas depois deste exaustivo afã, e mesmo para os nativos do clima mediterrânico, o bronze assim adquirido é quase sempre de curta duração, e duas semanas depois do regresso, lá estão de novo branquinhos como dantes.

Quem lhes faz inveja, são os felizardos, que tendo vivido longo tempo em países tropicais, adquirem o desejado bronze logo ao primeiro dia, mantendo-o até ao fim do outono, para admiração e raiva de quem o não consegue.

Para isso há uma explicação, que parece ser esta; as pessoas sujeitas durante largos anos à incidência do sol em temperaturas elevadas, produzem mais melanina que as outras, adquirindo assim rapidamente uma pigmentação mais escura, mesmo num clima brando como o nosso. E o corpo regista no seu DNA essa propensão pigmentar, que é saudável quando não abusiva, e pronto.

Ganha desta forma a batalha do “bronze”, quem bronzeado já foi, por razões de pura circunstância.

Contente-se, quem tanto o quer, com o bronze que lhe cabe, e antes que ele acabe… como tudo na vida!

E este é o meu pensamento da semana:

Diz o povo que “o que é bom depressa acaba”. O que é bom… e o que é mau, acrescento eu. Nada dura, por duro que seja.

Créditos Imagem:

@Unsplash

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