Apodera-se de mim enorme cansaço só de pensar em todos os procedimentos necessários para um simples voo.
Bilhete de avião na mão ou no telefone, passe Covid, formulário ‘passenger locator form’, cartão de cidadão e teste negativo à COVID quando é imposto.
Tudo impresso e digitalmente ou guardado no telefone dito inteligente.
Já no aeroporto é preciso ultrapassar várias barreiras.
A primeira é a leitura de código de barras do bilhete, seguindo-se então para a fila da verificação das malas, não sem que antes haja uma nova leitura do código de barras, ao que sucede um strip-tease, cinto incluído, e a colocação de malas e casacos nos tabuleiros para o controlo do raio x.
Os computadores e os telefones têm verificação em separado.
Se o acaso no raio x determina que o trólei ou a mochila merecem ser revistas por um técnico é necessário esperar na fila pela vez da nossa mala e perceber a razão do sucedido, tanto mais que foram eliminados da bagagem os líquidos e os produtos que sabemos não poder transportar.
Mas os sensores lá determinam mais esse nível de segurança.
Aqui é preciso ter bem presente os números de itens que se deixam nos tabuleiros não vão ficar alguns esquecidos na atrapalhação da recolha dos pertences.
Os sentidos têm de estar todos em alerta máximo.
Depois há sempre os imponderáveis contratempos a somar.
Ou cidade fica engarrafada, que em francês se diz embouteillage, e não se consegue chegar a horas da partida, ou a porta de embarque no aeroporto muda e é necessário andar quilómetros para a encontrar a nova porta que em inglês se diz gate.
Somatiza-se antes, sofre-se durante e nem o depois se alivia, porque há sempre mais um avião para apanhar e mais um aeroporto para ultrapassar.
Depois o avião quase sempre atrasa e nunca parte a horas.
Um stress.
Dito isto, pronto para nova viagem, que em inglês se diz trip.
É mesmo para tripar.