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Monteiro Cardita
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Uma geração repleta de desafios

Primeiro foi a pandemia da Covid, depois veio a guerra na Europa, segue-se agora a varíola dos macacos, a par de avistamentos oficialmente confirmados de ovnis e da mudança do paradigma climático, mas também do energético.

Tudo isto na segunda década do século XXI, que só ainda agora começou, mas que também já nos trouxe uma inflação que tudo devora. E promessas de muitas mais bocas com fome por esse mundo fora.

Homem do papel, tive de me adaptar ao digital (que remédio!), mas dou comigo a pensar que não era bem este o mundo para o qual fui preparado nem tampouco programado para viver.

E muito menos envelhecer sob um céu tão carregado com tamanhas tormentas. Cheguei a imaginar-me reformado na pacatez de um monte alentejano, dormir a sesta debaixo do chaparro, cultivar a horta, tratar da criação, levar o neto à escola;

Mas, se tudo à gira estonteantemente é bom de observar que até a planície deixará de ser plana não devendo restar dos montes senão a sua memória e sobre os nossos sonhos o pesado manto duma dura realidade a impor as suas regras a eito sem preconceito.

Pesadas estas inclementes fúrias para superação das gerações futuras. A humanidade ao longo dos séculos sempre soube reinventar-se. É preciso ter esperança que assim será outra vez.

Para mais, na modernidade, conta com o apoio da inteligência artificial que está para chegar em força já amanhã com o 5G instalado em cada smartphone abrindo ainda mais a pestana do big brother, a robótica massiva, mas também com o turismo espacial, o teletransporte, e a colonização de outros planetas como na ficção cientifica.

Se formos a tempo de travar do aquecimento do clima, se pararmos com as emissões de gazes com efeito de estufa, se deixarmos de consumir combustíveis fósseis, se formos mais inteligentes na utilização dos recursos que o planeta generosamente pôs à nossa disposição, talvez nos consigamos salvar enquanto espécie, a mais predadora de todas as que já habitaram esta terra, diga-se de passagem, e inverter a tendência de queda no abismo ou do alagamento das zonas ribeirinhas para onde algumas lideranças mundiais insistem em conduzir-nos.

A esperança nunca morre e continua bem fechada na caixa de Pandora.

 

Créditos Imagem:

@Unsplash

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