Aconteceu em sete cidades de Portugal. Em Lisboa, o ato simbólico aconteceu em frente à Assembleia da República.
Onze meses depois da Vigilia Cultura e Artes, a 21 de Maio de 2020, o grupo voltou hoje manifestar-se.
Um “velório” com direito a caixão e tudo, foi este o símbolo do enterro da cultura, que decorreu em sete cidades para honrar os profissionais da cultura, tanto os que ficaram para trás, como os que continuam na luta diariamente.
Lisboa, Évora, Porto, Faro, Funchal, Angra do Heroísmo e São Miguel tiveram um caixão em locais centrais, onde se podia ler: “E se ficássemos sem profissionais da cultura?”
A verdade é que este setor sempre foi desfavorecido, contudo a pandemia da Covid-19 agravou, expondo ainda mais a precariedade dos atores, que continuam a reivindicar mais e melhores apoios.
“O Governo, os grupos parlamentares, não sabem quem nós somos, quantos somos, como trabalhamos”, disse Anaísa Raquel, da organização da Vigília Cultura e Artes.
Hoje em frente à Assembleia da República, em Lisboa muitos foram os atores presentes e até a deputada não inscrita, Cristina Rodrigues deu apoio.
Recorde-se que o setor da cultura tem estado praticamente parado, tendo aberto agora a 19 de abril, mas com horários quase impraticáveis. As salas de espetáculo têm de fechar portas às 22 horas durante a semana e às 13:00 aos fins de semana.