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Com o golpe que depôs Aung San Suu Kyi, a repressão militar causou a morte de mais de 1300 civis

Tropas queimam vivas onze pessoas

 |  Alexandra Ferreira  | 

(Myanmar) – Corre no Twitter o vídeo do ataque, de terça-feira, que mostra os corpos carbonizados de 11 vítimas. Cinco eram crianças. Governo nega haver soldados na área.

“Os nossos contactos estão a dizer que eram apenas rapazes e jovens aldeões que foram apanhados no lugar errado na hora errada”, indica a ONG Human Rights Watch.

Militares de Myanmar (ex-Birmânia) invadiram uma pequena vila do noroeste do país e detiveram civis que, posteriormente, foram queimados vivos, numa aparente retaliação a um ataque a um comboio militar, disseram esta quinta-feira testemunhas e outras fontes.

A agência de notícias norte-americana Associated Press (AP), revelou um vídeo do ataque onde mostra os corpos carbonizados de 11 vítimas, algumas delas provavelmente adolescentes, colocados em círculo junto ao que parecem ser os restos de uma cabana no vilarejo de Done Taw, na região de Sagaing.

A indignação espalhou-se à medida que as imagens foram compartilhadas nas redes sociais, naquele que parece ser o mais recente ataque de militares birmaneses para tentar reprimir a resistência antigovernamental cada vez maior após o golpe militar realizado pelo exército a 1 fevereiro.

A organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW) pediu hoje que a comunidade internacional assegure que os comandantes que deram a ordem sejam incluídos nas listas de sanções direcionadas e que, de forma mais ampla, os esforços sejam intensificados para cortar qualquer fonte de financiamento aos militares.

Desde o golpe de Estado que depôs Aung San Suu Kyi em fevereiro, a repressão do exército causou a morte de pelo menos 1300 civis e levou à detenção de cerca de dez mil pessoas, segundo a ONG Associação de Assistência aos Presos Políticos.

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