Só estão quatro países no terreno apesar de muitos países quererem ajudar na tragédia que assolou Marrocos. Estão todos à espera de autorizações de Rabat.
Até ao momento pelo menos 2.497 pessoas foram confirmadas como mortas no terremoto em Marrocos, com outras 2.476 feridas, enquanto as equipas de resgate correm para encontrar sobreviventes.
As críticas das ONG já são muitas com todos em prontidão, parados, à espera que Rabat os mande ou não ‘avançar’ para ajudar na busca e salvamento de quem ficou soterrado devido ao forte sismo que assolou Marrocos na sexta-feira, vitimando mais de 2 mil pessoas e deixando um rasto de destruição nas zonas montanhosas.
Várias nações doMundo rapidamente disseram estar prontas a ajudar. Só que não lhes foram concedidas as autorizações legais. Apenas quatro países – Espanha, Qatar, Reino Unido e Emirados Árabes Unidos – sendo que muitos outros (incluindo Portugal) se mostraram disponíveis estão a apoiar no terreno.
Por falta de experiência em catástrofes do género, o rei Mohammed VI de Marrocos, já agradeceu aos quatro países pelo envio de ajuda.
O país precisava de muito mais, toda a ajuda possível mas o Rei avaliou as necessidades de ajuda e considerou a importância de coordenar o esforço de socorro antes de dar luz verde aos apoios que requerem bastante logística no terreno.
Entretanto, as vozes de algumas ONG já começaram a bradar aos céus indignados com a falta de sensibililade para ‘atacar’ o grave problema com rapidez.
O fundador de uma organização francesa de socorristas, Arnaud Fraisse, acusou já o governo marroquino de bloquear a chegada de equipas estrangeiras de busca e salvamento aos locais mais afetados pelo terramoto.
O primeiro-ministro português, António Costa, já sublinhou e voltou a dizer que Portugal tem equipas de proteção civil e medicina legal em estado de “prontidão” para apoiar o país.
“Já disponibilizámos ao Reino de Marrocos a total disponibilidade de Portugal participar no apoio que entenda necessário. Até agora, não nos foi solicitado qualquer apoio, mas temos disponíveis, quer na área da proteção civil, quer na área da medicina legal. Temos equipas que estão em estado de prontidão para apoiarem o Reino de Marrocos se houver alguma solicitação nesse sentido”.
Mas já há luz ao fundo do túnel pois que as Nações Unidas têm uma equipa no terreno, em coordenação com as autoridades locais, para avaliar a ajuda internacional que será necessária.
O rei de Marrocos ordenou que seja providenciada água, comida e abrigo a quem perdeu as suas casas e pediu que as mesquitas espalhadas pelo país rezassem pelas vítimas.
O exército marroquino mobilizou equipas especializadas de busca e resgate.
Algumas lojas de Marraquexe já voltaram a abrir portas, já que o rei encorajou os cidadãos bafejados pela sorte para que retomassem a atividade económica e até já ordenou o início da reconstrução dos edifícios destruídos.