A equipa médica do Hospital em Afrin onde AYA – bebé milagre – se encontra a ser tratada denunciou três tentativas de rapto, duas delas usando a violência e outra a tentativa de fraude.
Como Aya se tornou famosa a nível internacional, devido à sua históriater viralizado nos media, todos querem ganhar dinheiro com o seu mediatismo. Desde particulares a organizações, o médico de Aya já foi contactado por dezenas de pessoas que querem ficar com a bebé e até ofereceram dinheiro.
Aya nasceu debaixo dos escombros onde a mãe, pai e quatro irmãos morreram todos consequência do sismo que abalou a Turkia e a Síria. Quando a equipa de resgate em Jenderes, na Síria, descobriu a recém nascida debaixo dos escombros de um prédio, Aya ainda tinha o cordão umbilical que teve de ser cortado. A mãe, não se sabe se deu à luz durante a tragédia ou já debaixo dos escombros. Estava morta.
De acordo com o diretor do hospital, Khalid Attiah, onde Aya se encontra, e que o Observatório Sírio para os Direitos Humanos veio reforçar, “vários grupos tentaram raptar Aya por razões financeiras”.
As últimas tentativas de rapto foram realizadas por milicias que dizem os sírios ser do regime de Assad. Certo é que eram homens armados e invadiram o Hospital Cihan onde a bebé permanece internada, na localidade de Afrín, e agrediram o pessoal médico para levarem a bebé à força.
O Observatório esclareceu que os assaltantes pertenciam à milícia turca Sultan Murad Brigade, que opera na zona, e que iam entregar Aya a pessoas ligadas ao governo sírio “em troca de altíssimas somas de dinheiro”.
Aya tem sido acompanhada de perto pelo seu pediatra, Hani Marouf, e o diretor do hospital, Attiah, tem por ela um carinho de pai. De tal forma que foi a sua mulher, que também foi mãe, que amamentou a menina nos primeiros dias.
Desde que Aya apareceu num vídeo a ser resgatada coberta de terra e recém nascida, que pessoas de todo o mundo têm-se oferecido para ajudá-la, e outras alegam falsamente serem parentes da criança, o que motivou vigilância policial no local, revelou fonte médica.
A mãe de Aya morreu após dar à luz após o terremoto, de magnitude 7,8 que atingiu a Turquia e a Síria, assim como o pai e quatro irmãos.
Aya pode deixar o hospital na terça ou quarta-feira, de acordo com o seu tio-avô, Saleh al-Badran, que adiantou que a tia paterna da bebé, que deu à luz recentemente e sobreviveu ao terremoto, pretende criar a criança.