António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, pede a toda a gente para que pressionem os governos e autoridades regionais, empresas e comunidades para a urgência de salvar os oceanos.
“Que todos pressionem os seus governos, os municípios, as empresas em que trabalham, as comunidades e as sociedades para dizer que resgatar os oceanos é essencial”, pediu António Guterres quando falou com os jornalistas durante uma pausa na conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, a decorrer em Lisboa até sexta-feira.
“Temos de acordar as pessoas, pressionar os decisores para garantir que somos capazes de resgatar os oceanos”, voltou a sublinhar Guterres.
O secretário-geral da ONU estava acompanhado por Marcelo Rebelo de Sousa, e Uhuru Kenyatta, Presidente do Quénia, país com o qual Portugal partilha a organização desta conferência dos Oceanos.
Na abertura, Guterres defendeu, diante dos representantes de mais de 140 países, ser preciso “acordar” e “mobilizar” a sociedade para pressionar e assim tomar medidas face à “emergência dos oceanos”.
“Temos de mudar a maré” é preciso “passar a ter uma gestão sustentável” para combater “a emergência dos oceanos” afirmou, apelando ao investimento em economias sustentáveis que podem ajudar a produzir seis vezes mais alimentos e 40 vezes mais energias renováveis do que se consegue atualmente.
Mais de 20 chefes de Estado e de Governo e cerca de 7.000 pessoas, participam a partir desta segunda-feira em Lisboa na segunda Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, o maior evento de sempre dedicado ao tema.
Juntamente com milhares de jovens, líderes de empresas, cientistas e representantes da sociedade civil, todos propõe novas soluções para enfrentar eficazmente os desafios que os oceanos enfrentam atualmente.
São sessões plenárias e, ainda, oito Diálogos Interativos que vão abordar a poluição marinha, como minimizar a acidificação, desoxigenação e aquecimento dos oceanos e como promover o fortalecimento sustentável de economias a eles ligadas.