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Quem o diz é Dustin Moskovitz, cofundador da rede social FACEBOOK

Sucesso da Tesla não é legítimo

 |  Alexandra Ferreira  | 

Dustin Moskovitz, cofundador do Facebook, acredita que Elon Musk acelerou o crescimento das suas empresas com promessas exageradas e que o sucesso da Tesla não é legítimo.

O cofundador do Facebook e CEO do Asana, Dustin Moskovitz, afirmou numa publicação na rede social Threads que não considera que as empresas de Elon Musk – como a Tesla e a SpaceX – tenham tido um sucesso legítimo.

Para ele o sucesso destas empresas foi construído com base em mentiras.

“O ponto é que não vejo estas empresas como um impacto excecional, ou pelo menos não lhe dão tanto crédito a ele [Elon Musk] como outros dão”, afirmou Moskovitz de acordo com o Business Insider. “Se realmente foram construídas por cima de puras mentiras, em vez de otimismo enganoso, então devemos realmente vê-las como esquemas dos quais ele se escapou”.

O argumento de Moskovitz parte do pressuposto que empresas de Elon Musk, como a Tesla, acabaram por ter um desenvolvimento acelerado com base em promessas exageradas – não só do ponto de vista da autonomia, como também do lançamento do sistema de condução autónoma.

Ex-gestora do Twitter descreve Musk como lunático que criou clima de medo

Uma antiga gestora do Twitter, rede agora chamada X, revelou hoje na rede social a forma como o dono da empresa incutiu um clima de medo, manifestando surpresa com a vontade de Elon Musk em “reduzir tanta coisa a cinzas”.“Com dinheiro e tempo suficientes, talvez algo novo e inovador saia disso”, sublinhou Esther Crawford, que apoiou publicamente o novo chefe nos quatro meses seguintes à aquisição da rede social por Musk.

Esta ex-diretora de desenvolvimento de produtos do Twitter ficou conhecida principalmente por ter partilhado uma foto publicada na rede social, em que era vista a dormir num saco-cama, no escritório, nos dias seguintes à aquisição da empresa, no final de outubro.

“A esquerda (…) chamou-me de bilionária lambe-botas, enquanto a direita me acusou de colocar a minha carreira à frente da minha família”, frisou.

A ‘arquiteta’ do ‘selo’ pago de verificação de contas – Blue – Esther Crawford trabalhou dia e noite com a sua equipa para lançar o produto no prazo estabelecido por Musk, dono também da Tesla e SpaceX.

Elon Musk demitiu-a no final de fevereiro, juntamente com dezenas de outros funcionários.

Antes, o novo dono do Twitter já tinha dispensado metade da equipa e pedido aos ‘sobreviventes’ que escolhessem entre entregar-se “totalmente, incondicionalmente” ou ir-se embora.

“Elon é estranhamente charmoso e muito engraçado”, descreve Esther Crawford, acrescentando que “pode passar repentinamente do entusiasmo à raiva”.

“As pessoas rapidamente começaram a ter medo” de falar com ele, explicou.

“Eu não tinha interesse em aumentar a cultura do medo ou estar com rodeios perto do Elon”, frisou.

Esther Crawford disse estar preocupada com o facto de as pessoas próximas ao chefe tempestuoso serem “fanáticas no apoio inabalável a tudo o que diz”.

“Viver numa bolha e estar no topo torna a pessoa ainda mais propensa a estar cercada de simpatizantes (…) que têm interesse em estar na sua órbita”, vincou.

A ex-gestora do Twitter referiu também que os métodos de tomada de decisão de Elon Musk são baseados “essencialmente nos seus instintos”, e não em dados ou conhecimento.

“Ele fazia sondagens no Twitter, pedia conselhos de produtos a um amigo ou mesmo ao seu biógrafo. Às vezes, parecia dar mais crédito a comentários casuais do que a profissionais que passaram a vida a resolver o problema em questão”, acrescentou.

Criticando o ‘antigo’ Twitter, que “andava a passo de caracol, emaranhado em burocracia”, Esther Crawford não comenta também as hipóteses de sucesso do novo “líder lunático e ousado”, mas a quem “falta muito de empatia”.

Elon Musk renomeou recentemente a plataforma como ‘X’ na esperança de a transformar numa aplicação completa, com mensagens ou pagamentos, como o WeChat na China.

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