O presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, já disse que se demite e deixa o cargo a 13 de julho. A decisão coube ao presidente do Parlamento do país.
O Sri Lanka está imerso numa das piores crises económicas desde a sua independência em 1948, devido ao declínio das reservas em moeda estrangeira e uma dívida descomunal.
O porta voz do primeiro ministro confirmou que un grupo de manifestantes incendiou a residencia privada do chefe do governo num dia marcado por massivos protestos nas ruas a exigir a demissão do governo pela má gestão que fez da crise económica.
A rede social do Twitter fervilha de imagens e vídeos de centenas de pessoas reunidas em torno da casa, em Colombo, num ambiente de fumo e com a habitação a arder.
Milhares de manifestantes invadiram as residências oficiais do presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, e do primeiro-ministro, muitos deles de outras partes do país, para marcar o terceiro mês de protestos contínuos exigindo a renúncia do presidente. primeiro ministro.
“Para garantir a continuidade do governo, incluindo a segurança de todos os cidadãos, aceito a recomendação de hoje dos líderes do partido para inaugurar um governo de unidade. Para facilitar isso, deixarei o cargo de primeiro-ministro”, disse o político no Twitter.
Manifestantes invadiram o palácio presidencial do Siri Lanka em protesto contra a crise económica. A população protesta contra a inflação, o preço alto dos combustíveis, dos alimentos e de outros itens. O ano passado o governo chegou a proibir fertilizantes químicos o que devastou a agricultura.
O presidente do Sri Lanka fugiu apesar de estar protegido pelas Forças Armadas.
Há relatos de que parte do exército aderiu ao protesto.
Os protestantes antes de incendiarem o palácio presidencial destruiram tudo o que havia, roubaram e até deram uns mergulhos na piscina.
Nem os quartos dos proprietários foram poupados. Há vídeos que mostram os assaltantes a abrirem gavetas e a mexerem em tudo.
Siri Lanka é o centro da crise econômica global, a população enfrenta escassez de alimentos, combustível e remédios.
A tensão e o descontentamento aumentaram na ilha no final de março, quando as autoridades impuseram cortes de energia de mais de 13 horas, o que levou a população a sair às ruas para exigir a demissão do executivo.
Desde então, centenas de manifestantes invadiram as proximidades da Secretaria Presidencial em Colombo e protestos pacíficos em todo o país insular tornaram-se comuns, enquanto as autoridades tentam chegar a um acordo de resgate com o Fundo Monetário Internacional (FMI).