Em São Petersburgo, a famosa sobrevivente do cerco de Leninegrado, a artista plástica Elena Osipova, foi presa por se manifestar contra a guerra na Ucrânia.
A idosa artista estava com dois cartazes nas mãos numa manifestação em São Petersburgo.
Elena Osipova, é famosa no país por ser uma sobrevivente do cerco militar a Leningrado pelas tropas alemãs, durante a II Guerra Mundial.
O vídeo mostra a idosa, de 77 anos, com cartazes nas mãos a reclamarem contra conflitos armados: “Não à guerra” e “Não às armas nucleares em todo o mundo”.
Claro que na Rússia qualquer manifestação é dispersada à força pela OMON – uma polícia controlada pelo regime de Vladimir Putin, tipo polícia de intervenção.
Na mira esteve Elena Osipova que não se vergou e manteve-se firme mesmo quando a detiveram e levaram para o veículo militar.
VEJA AQUI O VÍDEO:
UM POUCO DE HISTÓRIA…
O cerco de Leninegrado foi um cerco militar à então cidade de Leninegrado (atual São Petersburg), na então União Soviética, (atual Rússia), pelas tropas da Alemanha nazi, Itália e Finlândia.
Durou cerca de 900 dias, de 8 Setembro de 1941 a 27 Janeiro de 1944. Foi um dos cercos mais longos e destrutivos da história das guerras.
Durante o cerco, foi efetuado um total de cinco reduções de comida. O nível de desnutrição foi atenuado devido aos novos jardins que cobriam a maior parte do território da cidade por volta de 1943.
A 8 de setembro de 1941 a cidade já estava completamente cercada. Leningrado passou a ser bombardeada dia e noite, por artilharia e aviões.
O alto comando alemão decidiu que a cidade seria vencida pela fome e cortou todos os acessos por terra.
Os soviéticos fizeram poucas tentativas de romper o cerco por dentro, tendo que aguentar intensos bombardeios diários. Ainda assim, os russos não cederam.
O cerco a Leningrado custou a vida de 1,5 milhões de pessoas (a maioria civis).
A destruição e o número de fatalidades fez da batalha por Leningrado uma das mais sangrentas já travadas em uma cidade moderna.
A fome foi uma das principais causas de mortes. Houve denúncias de que algumas pessoas praticaram canibalismo para sobreviver.
O frio do inverno também era cruel. Em 1942, a temperatura chegou a −30 °C. Era comum ver centenas de cadáveres em cada rua e o bombardeio constante impediu os enterros.