“Este é o meu grito do topo do mundo”, escreveu nas suas redes sociais. “Um grito de liberdade, coragem, sacrifício, sonhos, amor pela vida e o que andamos realmente aqui a fazer.”
Pedro Queirós faz estes desafios para se superar e conseguir doações para o projeto que tem com a mulher para ajudar as crianças do Nepal com a sua associação “Dreams of Katmandu”.
“Qual é o teu Evereste? Está na hora de acordar e torná-lo realidade”, escreveu o montanhista solidário que vive atualmente com a mulher no Irão.
“No topo do mundo vislumbrei o topo de outros mundos e mais sonhos e objetivos começaram a nascer! Quero continuar a fazer mil coisas novas e não ficar por aqui!
E apesar de haver um sentimento de grande alegria e euforia, o que me domina neste momento é a certeza da continuidade do caminho e o sentido de responsabilidade com os vários compromissos que tenho vindo a assumir”, conta-nos.
Pedro dissertou um pouco sobre o que é estar lá em cima: “Julgo que na vida diária e normal, não é tão relevante estar no topo do mundo ou lá em baixo, o que interessa principalmente é se estamos a subir ou a descer. Por isso é continuar a sorrir, a aprender e a trabalhar no dia-a-dia”.
“Quanto à jornada em si, foram muitos anos de preparação que culminaram num ataque ao cume verdadeiramente épico! Estabeleci um plano ambicioso que me fez estar viver numa tenda nos Campos 2 e 3 durante 12 dias, entre os 6500 e os 7200 metros de altitude.”
Com base em informações que ia recolhendo junto de Sherpas, “outras equipas e amigos que fiz na expedição da National Geographic, calculei uma janela óptima de 48 horas em que já ia haver cordas até ao topo e um clima de escalada razoável”, disse.
O solidário português está orgulhoso da façanha: “No fim, fui o primeiro estrangeiro da temporada a chegar ao cume, estive sozinho no topo apenas com o meu guia Sherpa e evitei as multidões que era aquilo que eu sempre desejei. Não foi fácil claro…”, esclarece.
E depois relata: “Estive acordado 86 horas seguidas, passei fome e sede, caminhei entre cadáveres, deixei de sentir os dedos das mãos e pés e estive exposto a rajadas de vento de 100 kms/h com temperaturas a rondar os 40 graus negativos.”
A força interior valeu-lhe chegar ao topo:
“Mas nada disto me impediu de continuar passo a passo até ao topo do mundo. Eu sempre soube que o Evereste se tinha de subir com a mente e uma vontade inabalável de ferro, a força física seria apenas um pormenor.”
Depois conclui: “Enfim, isto são as primeiras impressões de uma aventura que foi verdadeiramente isso: uma aventura, a maior de todas como eu já estava à espera.”
Mas ainda há que fazer contas e Pedro não pode falhar “na ajuda com a educação das 25 crianças do Nepal para o ano de 2022/2023. Ainda vão a tempo se quiserem doar”, diz.
Podem fazê-lo através do MBway 918744807 ou IBAN PT50 003300000098021915378.
Todas as informações sobre os projetos em www.pedroqueiros.com