Em Braga, Marcelo Rebelo de Sousa homenageou os portugueses. “É o povo português a razão de sermos Portugal”.
De Braga Marcelo Rebelo de Sousa partiu para Londres para celebrar o 10 de Junho com as comunidades portuguesas que estão fora do país.

Odiscurso de Marcelo hoje de manhã em Braga foi dedicado ao povo português:
“É razão de ser o que somos e como somos , viva o povo português, vivam os portugueses de ontem, de hoje e de sempre onde quer que façam Portugal. Viva o nosso querido Portugal”, disse o chefe de Estado muito emocionado e decidido, durante a cerimónia militar comemorativa do 10 de Junho, na Avenida da Liberdade, em Braga.
António Costa não esteve presente por razões de saúde.
Já Marcelo reinou e até fez um discurso pequeno, 13 minutos, mas foi muito patriótico e histórico, nas suas palavras, onde descreveu as vitórias de um país que caminha para os 879 anos.
“Se é verdade que os seus soberanos, os seus líderes, os seus chefes encheram também páginas da nossa História, não é menos que sem o povo, sem a arraia-miúda de que falava Fernão Lopes, não teria havido o Portugal que temos”, defendeu.
Nada faltou e até teve uma palavra para a Cimeira dos Oceanos que terá lugar em Lisboa no fim deste mês lembrando a todos que “só é possível em Portugal porque o mesmo povo português escolheu o oceano como seu destino”.
“São os milhões e milhões de portugueses de carne e osso que fizeram Portugal, que fazem Portugal, que farão Portugal. Foi o povo que deu o que tinha e o que era sempre Portugal. Foi o povo português que cruzou oceanos e fez dos oceanos a nossa nova terra de futuro”, declarou.
“É o povo português que aprende e reaprender a receber irmãos (…). É o povo com armas que faz e quer fazer a paz. É o povo português que tudo isso e muito mais faz. O povo português é a razão de sermos o que somos e como somos.”
No discurso sublinhou que este é: “O dia do povo português”.
Ao citar Fernão Lopes referiu que “sem o povo, sem a arraia miúda não teria havido o Portugal que temos” porque foi esse povo “que partiu em cascas de nos pelos oceanos para o desconhecido e ficou espalhado um pouco por todo o universo e deixou língua alma e saudade nas raízes”.
“Ainda esteve nos momentos decisivos para poder vir a ser o que somos, desde os combates no século XVII pela nossa independência e pela nossa restauração”.
Marcelo falou sobre a evolução do poder do estado na adoção da constituição em Portugal, em 1922.
“Celebramos este ano dois séculos desse passo fundamental para o reconhecimento do nosso povo no seu papel nacional” destacou.
A rematar, voltou ao Povo português e disse que “a nossa pátria é história, é língua, é vida é alma, é sucesso e fracasso e heróis, líderes em monarquia como em república. Mas mais do que isso é Povo com séculos de raízes, mais Povo que se juntou a nós anteontem, ontem ou hoje”.

