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Sangue infantil foi drenado para uso em militares feridos

RUSSIA: Encontrada vala comum nazi com 675 bebés e crianças

 |  Alexandra Ferreira  |  ,
O terrível achado que parece um cemitério, tinha enterrados 1.362 corpos e está na área de São Petersburgo, Rússia, perto de uma antiga base nazi de uma unidade do exército de Hitler SS durante a Segunda Guerra Mundial, disseram os especialistas.
A vala comum nazi tinha os corpos de 675 bebés e crianças cujo sangue era drenado para salvar soldados alemães feridos.
As vítimas – quase todas sem ferimentos visíveis – foram encontradas nuas e descalças, pelas equipes de busca na aldeia Novaya Burya, no distrito de Lomonosovsky, na região de Leningrado.
Os peritos acreditam que os restos mortais das crianças eram de um famoso campo de concentração, próximo, onde centenas de jovens foram brutalmente encarcerados apenas para fornecer sangue para oficiais e soldados alemães feridos. Estas crianças foram dolorosamente mantidas em espera para garantir um suprimento constante de sangue para as tropas nazistas que lutaram perto de Leningrado – atual São Petersburgo.
Os historiadores recolheram 50 sacos cheios de restos mortais e retiraram do local macabro, dia 15, os esqueletos das últimas 415 vítimas, das quais mais de metade eram crianças.
De recém-nascidos a adolescentes, centenas morreram no local devido à perda crónica de sangue.

“Cavámos, cavámos e não havia fim nas ossadas”

O chefe da equipe de resgate da vala comum, Viktor Ionov, disse ao site russo 47News que “cavamos e cavamos e parecia não haver fim para tantas ossadas. E – moralmente – os civis são mais difíceis de desenterrar do que as vítimas militares.
As vítimas não estavam a usar roupas e sapatos. Normalmente, algo deteriorado permanece, por exemplo, solas – mas não aqui.”
A maioria das vítimas adultas eram mulheres, incluindo pelo menos três grávidas.
Nas ossadas não havia ferimentos por arma de fogo, enquanto apenas um punhado de vítimas mostrou sinais de receber golpes e a maioria não tem indicação da causa da morte.
O voluntário de resgate Sergei Beregovoi explicou ao canal e site noticioso russo 47News que eram “num total, os ossos de 1.362 pessoas, 675 delas crianças, que desenterrámos. Os restos mortais estavam amontoados. Alguns estavam com os braços estendidos. Para ser sincero, fiquei totalmente horrorizado, apesar de toda a minha experiência” , disse ele ao canal 47news.
Os soldados nazis estiveram estacionados a apenas 300 metros do local entre 1941 e 1943 durante o Cerco de Leningrado, enquanto uma unidade da SS também estava baseada nas proximidades.
Ao canal 47News, Ionov revelou não haver quem recordasse algo tão sinistro do passado: “A coisa mais misteriosa é que nem os idosos, nem os historiadores locais, se lembram de nada sobre o que aconteceu aqui. Não há evidências nos arquivos militares. Não entendo por que ninguém sabe absolutamente nada sobre o que se passou aqui.”

As vítimas do campo de transfusão de sangue de Vyritsa

A teoria é que as vítimas morreram de fome durante os invernos rigorosos que dominaram a Rússia durante a Segunda Guerra Mundial. Mas os especialistas sugeriram que os restos mortais das crianças provavelmente são do maligno campo de concentração de ‘transfusão de sangue’ de Vyritsa, perto de Gatchina.
Mais de 300 “jovens prisioneiros”, com idades entre recém-nascidos e 14 anos, foram mantidos com um propósito: serem doadores de sangue de soldados e oficiais da Wehrmacht.
As crianças mais novas estavam acompanhadas pelas mães no horrível campo, situado a cerca de 48 quilómetros da vala comum.
Um sobrevivente lembrou que a irmã “Elena, morreu lá, na enfermaria. Ela implorava-me, ‘Alexander, por favor, tira-me daqui. Eu não tenho mais sangue, mas eles continuam a tirar-me’. Ela morreu no dia seguinte.”
Cerca de 100 túmulos foram desenterrados perto do campo de extermínio, mas milhares de jovens vítimas de Vyritsa nunca foram encontrados.
Os historiadores suspeitam que os corpos foram transportados por camiões para o local da vala comum e foram despejados poucos metros abaixo da superfície. Acredita-se que centenas de outras vítimas serão exumadas quando as equipas de resgate retomarem as escavações após o inverno.
Os especialistas descobriram uma etiqueta com o número 1410 entre os escombros, embora seu significado até agora não seja claro.
O primeiro indício de uma vala comum escondida sob a superfície veio à tona quando os restos mortais de dois adultos e de uma criança recém-nascida foram descobertos no ano passado, durante um levantamento terrestre.
Outros 20 esqueletos foram encontrados logo depois, o que levou o Comitê de Investigação Russo a abrir um processo criminal por assassinato em massa.
Agora é provável que seja recategorizado como uma investigação de genocídio, dizem os relatórios.

Créditos Imagem:

DR; Grupo de pesquisa “Rubezh-2” e site 47News

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