A verdadeira causa da morte do realizador lituano, Mantas Kvedaravičius, em Mariupol, já foi anunciada. O cineasta foi feito prisioneiro por russos e depois baleado na cabeça e no peito.
Os ocupantes russos depois de o eliminarem atiraram o corpo de Mantas Kvedaravicius, para o meio da rua.
O cineasta estava a tentar sair da cidade portuária quando foi apanhado pelos russos de câmara na mão.
“O nosso amigo realizador lituano Mantas Kvedaravichius, participante do Artdocfest, foi assassinado em Mariupol, com uma câmara nas mãos, nesta guerra de m**** contra o mundo inteiro”, lamentou Vitaliy Manski, realizador de cinema russo, no seu Fascebook.
“Perdemos um criador bem conhecido na Lituânia e no mundo que, até ao último momento, e apesar do perigo, trabalhou na Ucrânia ocupada pela Rússia”, elogiou o presidente lituano, Gitanas Nauseda.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Lituânia também expressou as suas condolências no Twitter, considerando que a morte do cineasta é “uma grande perda para o país e para o mundo”.
O realizador lituano Mantas Kvedaravicius foi morto sábado, dia 2, em Mariupol, enquanto documentava as ‘atrocidades’ ali cometidas.
Conhecido pelo documentário ‘Mariupolis’, o cineasta de 45 anos estava a tentar sair da cidade portuária quando foi reconhecido por russos e detido. Depois foi morto com uma bala na cabeça e outra no peito.
“Enquanto tentava sair de Mariupol, os ocupantes russos mataram o realizador lituano Mantas Kvedaravicius”, revelou a agência de informação do Ministério da Defesa ucraniano, no Twitter.
O documentário ‘Mariupolis’, estreou no Festival Internacional de Cinema de Berlim de 2016. Kvedaravicius ‘pintava’ há largos anos o ‘quadro’ daquela cidade portuária, que constitui um alvo estratégico para Moscovo.
Nascido em 1976, Kvedaravichius estudou na Universidade de Vilnius, na Lituânia, obtendo também uma licenciatura em Antropologia Social na Universidade de Cambridge, no Reino Unido.