É a terceira mulher a presidir a instituição, mas a mais nova de sempre no cargo. Sucede a David Sassoli, que morreu há uma semana, e vai estar à frente da instituição europeia até 2024.
A eurodeputada maltesa, do Partido Popular Europeu (PPE) foi eleita presidente do Parlamento Europeu, esta terça-feira, em Estrasburgo, no dia em que completa 43 anos.
Apesar do seu currículo de defesa dos direitos LGBT e dos migrantes, tem uma posição anti aborto de acordo com a lei de Malta, único país da União Europeia onde a interrupção voluntária da gravidez é totalmente proibida. A nação acrescentou uma cláusula ao seu tratado de entrada, em 2004, ao clube comunitário afirmando que nenhuma legislação europeia a favor da interrupção da gravidez entraria em vigor no seu território.
Sobre esse pequeno melindre, Roberta Metsola garante que, enquanto presidente, vai “representar a posição do Parlamento”, incluindo em matérias sobre direito sexuais e reprodutivos.
De qualquer forma, votou contra o aborto em todas as votações no Parlamento Europeu mas absteve-se numa votação europeia que pedia a criminalização da violência contra as mulheres sendo que a legislação contra a violência é um dos principais desafios do bloco europeu e uma das prioridades para a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, teremos de esperar para ver como gere estes pequenos entraves.
É CASADA E TEM QUATRO FILHOS
Roberta Tedesco Triccas Metsola é casada com o finlandês Ukko Metsola, com quem tem quatro filhos. Conheceu-o numa manifestação contra o ditador bielorrusso Aleksander Lukashenko, em Helsínquia.
Advogada com carreira feita em Bruxelas, em 2013 foi eleita pela primeira vez – e à terceira tentativa – eurodeputada pelo Partido Nacionalista do seu país, inscrito no PPE.
Após a eleição, fez referência no seu discurso aos mais fracos, “vulneráveis, oprimidos”, pela cor de pele, por exemplo, e terminou: “A Europa está de volta, a Europa é o futuro, vive L’Europe!”