Chama-se Cláudia Santos e é a nova comandante do Comando Territorial da GNR dos Açores.
A ministra presidiu sexta feira à sessão de tomada de posse da nova comandante do Comando Territorial da GNR dos Açores, coronel Cláudia Santos, que sucede ao coronel José Vieira.

Nz ocasião, a ministra disse que a nova comandante da GNR dos Açores, a primeira mulher a assumir funções de comandante de um Comando Territorial, é exemplo da promoção e igualdade nas forças de segurança.
“É mais um testemunho de que Portugal e os portugueses podem contar com umas forças de segurança cada vez mais modernas e que na nossa sociedade são o exemplo da promoção e da igualdade entre homens e mulheres”, afirmou Margarida Blasco, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

Na sua intervenção, a governante também disse que, para o Governo, “promover a diversidade, a inclusão e a igualdade não é simplesmente uma opção, é um dever e é uma obrigação”.
“Este é o caminho para um país que todos queremos mais justo, mais coeso e mais sustentável. Este é o caminho para um país com mais ambição”, vincou.
Margarida Blasco felicitou o comandante geral da GNR, tenente-general Rui Veloso, por ter proporcionado o momento que, “além de ser histórico, revela os valores e as virtudes” em que assenta a sua ação de comando.
“É digna de elogio e capacidade da guarda sob a sua liderança, em manter bem viva a sua identidade e as suas tradições centenárias, ao mesmo tempo que promove a inovação, o progresso e a modernização. Uma instituição corajosa e comprometida com o quadro constitucional do Estado de direito democrático, defensora e promotora de valores humanistas e universais. Uma instituição focada nas pessoas e livre de preconceitos”, referiu.

A titular da pasta da Administração Interna também disse que a nomeação de Cláudia Santos “não é apenas um marco simbólico, é, acima de tudo, o reconhecimento de um percurso pautado pela excelência, pelo compromisso com o serviço público, e pela sua singular capacidade de comando”.
“Hoje não estamos a celebrar o facto de ser mulher, mas celebramos sim o mérito de uma mulher. O mérito que é o resultado da dedicação e da competência de uma oficial que conquistou com muita propriedade este cargo de liderança”, referiu.
Margarida Blasco disse ainda à nova comandante da GNR nos Açores que pode contar “com o total apoio da tutela e do Governo”.
“Sabemos que há sempre a preocupação com recursos humanos e com a necessidade de melhores instalações, melhores viaturas e melhores equipamentos. Sabemos que o seu desafio é grande, mas saiba também que o Governo tudo está a fazer e continuará a fazer para assegurar as melhores e as mais dignas condições de trabalho às mulheres e aos homens que desempenham a sua atividade na GNR e neste Comando Territorial”, afirmou.
A coronel Cláudia Santos disse no seu discurso que assumia o cargo “com elevada responsabilidade institucional e profundo orgulho pessoal”.

Já em declarações aos jornalistas, referiu que as prioridades da sua ação estão relacionadas com missões ao nível de segurança e de controlo costeiro e nas vertentes aduaneira e ambiental, “em cooperação com todas as entidades”.
Por sua vez, o comandante geral da GNR, Rui Veloso, disse que Cláudia Santos tem uma responsabilidade enorme: “Comandar um Comando Territorial é aceitar com coragem a mais nobre e elevada responsabilidade, bem como o grato privilégio de poder contribuir para os superiores desígnios da liberdade e segurança nas comunidades que abnegadamente servimos”.
No âmbito da deslocação aos Açores, a ministra participou em reuniões com os comandos da GNR e PSP, no sentido de realizar um ponto de situação do dispositivo operacional e recursos.
O diretor nacional da PSP, Luís Carrilho, disse aos jornalistas, à margem da cerimónia, que a instituição tudo faz para que os polícias e o pessoal técnico de apoio à atividade operacional tenham “as melhores condições de trabalho para melhor servir a população”.
AS MAIS VALIAS DA NOVA COMANDANTE
A Coronel Cláudia Margarida dos Santos, a primeira mulher a comandar uma Unidade Territorial da Guarda Nacional Republicana, é natural de Santa Maria Maior, no distrito de Vila Real, tendo nascido a 14 de janeiro de 1979. É licenciada e mestre em Ciências Militares, na especialidade Segurança, pela Academia Militar, e é também Mestre em Cidadania, Ambiente e Participação, pela Universidade Aberta.
Mas não é tudo pois Cláudia tem um currículo enorme. Concluiu o Mestrado em Alta Dirección en Seguridad Internacional, pelo Centro Universitário da Guardia Civil e pela Universidade Carlos III de Madrid.
Possui também pós-graduações em Ciências Militares – Segurança e Defesa, pelo Instituto Universitário Militar, em Direito e Segurança, pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, e em Gestão Avançada de Recursos Humanos, pela Universidade Independente. Atualmente encontra-se a frequentar o Doutoramento em Relações Internacionais, na especialidade de Estudos de Segurança e Estratégia, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Ao longo da sua carreira militar desempenhou diversas funções de relevo, das quais se destacam: Comandante do Destacamento de Trânsito de Lisboa;
Comandante do Destacamento de Ação Conjunta do Porto; Comandante do Destacamento de Trânsito de Carcavelos;
Ajudante de Campo do Comandante-Geral da GNR; Oficial de Formação e Lições Aprendidas da EUROGENDFOR;
2.º Comandante do Grupo de Segurança da Unidade de Segurança e Honras de Estado;
Outros: Chefe da Repartição de Relações Internacionais da Divisão de Planeamento Estratégico e Relações Internacionais da GNR; Coordenadora da Área de Ensino Específico da GNR e Docente no Instituto Universitário Militar;
2.º Comandante, Chefe da Secção de Operações, Treino e Relações Públicas e Chefe da Secção de Recursos Humanos no Comando Territorial de Lisboa; Assessora do Comandante-Geral da Guarda Nacional Republicana.
Na sua folha de serviço constam vários louvores e condecorações, nacionais e estrangeiras.
O Comando Territorial dos Açores é uma unidade que tem como missão a vigilância da costa e do mar territorial, a prevenção e investigação de infrações tributárias e aduaneiras, articula com o Governo regional a atividade operacional nas matérias cuja tutela compete à região, vigia, fiscaliza, noticia e investiga todas as infrações à legislação que visa proteger a natureza, o ambiente e o património natural e coopera com os órgãos da região em matérias do âmbito das atribuições da Guarda.
O Comando Territorial dos Açores compreende três Destacamentos Territoriais sedeados em Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta, que se articulam em postos, um em cada ilha dos Açores.
Com LUSA