É que durante a I Guerra, quando os alemães bombardearam Amiens durante 28 dias e 28 noites, destruíram grande parte do Musée des Beaux-Arts – agora Musée de Picardie.
Para tentar salvar o património, muitas obras foram retiradas e levadas para um local seguro. Quando, depois da guerra, retornaram ao museu, o quadro ‘Diana et Endymion’, de Jérôme-Martin Langlois, tinha desaparecido.
Foi classificado, primeiro, como “não rastreável desde o regresso das obras removidas em 1918”, e, depois, como “destruído pela queda de uma bomba no museu”.
A história vem no jornal francês, Le Figaro, e já abriu a porta a um pedido muito especial da autarca de Amiens.
Várias pessoas afirmaram que o quadro que está em casa de Madonna – que pode ser visto nas redes sociais – tem menos três centímetros de altura do que o original – mas há quem diga que parte pode ter sido cortada para eliminar a data e a assinatura do autor.
Madonna terá adquirido a obra em 1989 num leilão da Sotheby’s de Nova Iorque – por 1,3 milhões de dólares.
Esta segunda-feira, 16 de janeiro, o ‘caso’ ganhou um novo contorno.
No Facebook, a autarca de Amiens deixou um pedido a Madonna: que empreste o quadro à cidade.
“Os nossos habitantes poderiam redescobrir este trabalho e apreciá-lo”, argumentou a autarca que avançou com uma ação legal contra “pessoas desconhecidas” pelo roubo da pintura.
Brigitte Fouré diz que Madonna não tem de se preocupar.
“Não contestamos de forma alguma que tenha adquirido este trabalho legalmente”.
“Achei que seria uma boa ideia perguntar a Madonna se nos poderia emprestar esta pintura que não vemos desde a Primeira Guerra Mundial. A pintura foi vendida num leilão perfeitamente legal; ela comprou-a e é dona dela. Não estou a pedir que nos ofereça a obra, mas que a empresta apenas durante algumas semanas”, refere.