Principal opositor de Putin condenado a nove anos de prisão
Alexei Navalny foi condenado a 9 anos de prisão e ao pagamento de uma multa de 1,2 milhões de rublos (cerca de 10 mil euros), pelos crimes de fraude e de desrespeito pelo tribunal. A acusação pedia 13 anos.
Navalny já cumpre uma sentença de dois anos e meio por violações da liberdade condicional imposta graças às acusações prévias que sofreu do Kremlin. O ativista considera que os processos foram fabricados para travar as ambições políticas.
O vídeo da audiência mostra Alexei Navalny extremamente magro ao lado dos seus dois advogados numa sala cheia de polícias, enquanto o juiz lia as acusações.
A defesa de Navalty refere que as acusações da denúncia de desvio de cerca de 4,27 milhões de euros em donativos feitos às suas organizações, que entretanto já foram banidas, por um lado, é por desrespeito a um funcionário do tribunal, por outro, têm “motivações políticas” e o objectivo de o silenciar.
De acordo com o porta voz de Navalny, o julgamento foi agendado para esta altura “para coincidir com a fase mais tensa da crise na Ucrânia” e escapar à atenção da opinião pública. Enquanto o mundo está atento à guerra na Ucrânia “há outro crime monstruoso a ser cometido dentro da Rússia”, disse Kira Yarmish.
Navalny foi preso no ano passado logo que voltou à Rússia depois de receber tratamento médico na Alemanha. Durante uma visita à Sibéria em 2020, o opositor de Putin foi envenenado por um agente da era soviética e culpou o atual líder russo pelo ataque à sua vida.
O Kremlin disse que não encontrou evidências de que o ativista tenha sido envenenado e negou qualquer participação no ataque.
Navalny é classificado pelas autoridades russas como um “subversivo” com fãs e seguidores determinados a desestabilizar a Rússia com o apoio do Ocidente. Muitos de seus aliados fugiram do país.
Entretanto, a polícia deteve os advogados de Alexei Navalny, Olga Mikhailova e Vadim Kobzev depois da saída do tribunal. Tudo porque falaram com jornalistas. Mais tarde foram libertados.
