O padre da paróquia de Cortegaça, em Ovar, mostrou a sua revolta nas redes sociais acusando o cantor de usar a igreja sem autorização e de “forma espalhafatosa”.
A Paróquia de Cortegaça garantiu que o videoclipe de José Malhoa, da música “Ela queria 3”, foi gravado sem conhecimento nem autorização e que “irá agir em conformidade”.
Para José Malhoa não parece ser relevante o lugar onde gravou o vídeo já que esta semana numa entrevista da SIC perguntaram-lhe o nome da igreja e o cantor apenas respondeu que não se lembrava do nome.
De qualquer forma, a Paróquia de Cortegaça, no município de Ovar, publicou um comunicado nas redes sociais onde manifesta “a sua indignação pela forma ‘espalhafatosa’ como o artista José Malhoa e a sua equipa de produção usaram a Igreja Matriz de Cortegaça” para a gravação do videoclipe da música ‘Ela queria 3’.
Porém, no próprio comunicado, não explicam como a equipa de produção teve acesso ao interior da igreja já que está habitualmente fechada.
No comunicado, a paróquia diz “manifestar a sua indignação pela forma ‘espalhafatosa’ como o artista José Malhoa e a sua equipa de produção usaram a Igreja Matriz de Cortegaça, atingindo maior gravidade, aquilo que consideramos mesmo uma profanação do espaço interior da nossa Igreja, ao utilizar um lugar Sagrado, para um uso satírico e imoral, ao serviço de um objetivo e propósito de âmbito pessoal, desrespeitando toda uma comunidade que tem na Igreja de Cortegaça a sua referência e identidade.”
E mais: “A Paróquia de Cortegaça e o seu Pároco, responsável máximo da Igreja de Cortegaça, em momento algum receberam qualquer pedido de autorização para as filmagens deste videoclipe do Artista José Malhoa, E COMO É OBVIO TUDO ISTO FOI FEITO À SUA REVELIA, sem qualquer autorização da Paróquia de Cortegaça!”, dizem.
“Face a estas circunstâncias iremos analisar devidamente toda esta inconveniente situação, inteirando-nos do respetivo enquadramento legal, pelo que a Paróquia de Cortegaça irá agir em conformidade”, rematam no comunicado.