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O santo padre já falou ao telefone com Zelenski

Papa Francisco considera visitar Kiev

 |  Alexandra Ferreira  |  ,

Papa Francisco pela primeira vez critica implicitamente Putin pela Ucrânia e disse que estava a considerar fazer uma viagem à capital ucraniana, Kiev. 

Questionado por um jornalista no avião que o levava de Roma a Malta se estava a pensar aceitar um convite feito pelas  autoridades políticas e religiosas ucranianas, o papa respondeu: “Sim, está na mesa”.

Francisco não deu mais detalhes.

O Papa foi convidado pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e pelo autarca de Kiev, Vitaliy Klitschko, pelo arcebispo major Sviatoslav Shevchuk, da Igreja Católica de rito bizantino da Ucrânia e pelo embaixador da Ucrânia no Vaticano, Andriy Yurash.

Francisco falou ao telefone com Zelensky e Shevchuk.

O papa já condenou veementemente o que chamou de “agressão injustificada” e denunciou “atrocidades” na guerra.

Agora foi bem mais longe e incisivo e criticou implicitamente o presidente Vladimir Putin pela invasão da Ucrânia pela Rússia sem dizer o nome. Francisco disse no sábado que alguém “poderoso” fomenta conflitos por interesses nacionalistas.

Moscovo diz que a ação que lançou a 24 de fevereiro é uma “operação militar especial” projetada não para ocupar território, mas para desmilitarizar e “desnazificar” o vizinho.

Francisco já rejeitou essa terminologia, chamando-a de guerra.

“Do leste da Europa, da terra do nascer do sol, as sombras escuras da guerra estão a espalhar-se. Pensávamos que invasões de outros países, lutas de rua selvagens e ameaças atómicas eram lembranças sombrias de um passado distante”, disse o papa no discurso às autoridades maltesas depois de chegar à nação insular do Mediterrâneo para uma visita de dois dias.

“No entanto, os ventos gelados da guerra, que trazem apenas morte, destruição e ódio em seu rasto, varreram poderosamente a vida de muitas pessoas e afetaram-nos a todos”.

“Mais uma vez, algum potentado, tristemente apanhado em reivindicações anacrónicas de interesses nacionalistas, está provocar e fomentar conflitos, enquanto as pessoas comuns sentem a necessidade de construir um futuro que será compartilhado ou não”, afirmou.

“Agora, na noite da guerra que caiu sobre a humanidade, não deixemos que o sonho de paz se esvai!” -rematou. 

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