Sandro Bernardo, a cumprir 25 anos por ter morto e ocultado o cadáver da filha, Valentina, de nove anos, em Peniche, o ano passado, foi transferido para outro pavilhão da cadeia de Vale de Judeus, Azambuja, e foi espancado por um grupo de reclusos.
O homicida pediu uma tranca na cela, de onde tem medo de sair quer para comer quer para ir ao recreio.
Segundo o matutino Correio da Manhã, a agressão terá ocorrido após a transferência de Sandro Bernardo para o novo pavilhão.
O progenitor de Valentina foi colocado no pavilhão B da prisão — até agora estava no pavilhão A, reservado a reclusos com direito a saídas precárias ou que estão prestes a obtê-las. Pouco após ter sido deixado na cela, um grupo tê-lo-á atacado com murros e pontapés, descreve o jornal, tendo depois sido socorrido e levado para a enfermaria da cadeia.
Após este incidente Sandro Bernardo não terá saído mais da cela onde foi colocado: solicitou à Cadeia de Vale de Judeus a instalação de trancas na porta da cela e é lá que faz as refeições, sem sair sequer para o recreio. Entretanto, um dos homens que atacou o recluso já foi identificado através do circuito de vídeo vigilância e está a cumprir castigo no pavilhão disciplinar.
Os Serviços Prisionais não confirmaram o sucedido ao jornal porque estão “legalmente obrigados a reserva quanto aos reclusos”. Mas asseguraram que “que qualquer ato de indisciplina terá procedimento disciplinar e também criminal”.
À madrasta de Valentina foi-lhe aplicada uma pena de 18 anos de prisão, por ter sido considerada cúmplice dos crimes contra a menina.
Está detida no Estabelecimento Prisional de Tires.