Nauta, significa: aquele que navega.
Tudo começa no sonho, onde se navega sempre livremente; e é daí que o Nauta parte para criar uma realidade, a sua, que pode vir a ser também a dos outros.
Foi assim, a história o conta, que os Vikings, os nautas do primeiro século da nossa Era, partiram das terras frias do Norte, e à força de remos e com dura vontade, exploraram os mares gelados, descerrando depois até à Ibéria de águas quentes, façanha incrível nessas condições, e para tal época.
E foi na ponta Sul dessa Ibéria, no século XV, que o sonho voltou a nascer, com os nautas Lusitanos que se fizeram a mares desconhecidos, para uma das mais fantásticas aventuras do Homem, sob o impulso de dum tal D. Henrique, o Navegador, destapando caminhos, para os quais não havia ainda cartas marítimas, apoiados somente na agulha de marear e nas estrelas, que permitiam estimar a posição relativa das embarcações.
Quando estavam junto a costa, subiam os rios, para desenhar o seu percurso, e apontar os pontos conspícuos, fazendo-o com admirável precisão; os nautas Lusitanos contactaram povos, encontraram ilhas, habitadas umas, outras não, enfrentaram tempestades, perderam vidas e barcos, mas chegaram, navegando sempre, até onde nunca os Europeus por essa via, o tinham conseguido fazer.
Fomos talvez os mais atrevido dos nautas do mar, mas não os únicos, outros marinheiros se seguiram.
Como o sonho no Homem nunca para, corria o século XVIII, e os Nautas quiseram voar: usaram primeiro o balão de ar quente, mais leve do que o ar exterior, mas não contentes, decidiram utilizar o próprio ar como circundante, como almofada de apoio, e usar a velocidade como motor de ascensão, e subindo assim contra o vento,. E os nautas, estava à vista estava o Século XX, com o seu aeroplano, que levantava do mar como o fazia de terra, passaram de marinheiros a aeronautas, finalmente voando.
Mais uma vez os inquietos Lusíadas, já mencionados, estiveram presentes na proeza, sendo os primeiros a atravessar o Atlântico sul, tendo para tal Gago Coutinho, de adaptar e aperfeiçoar o sextante, que no mar já se usava. E o mundo passou a encontrar-se…não à vela, nem a remos, mas com asas.
E estava por feliz acaso a seguir o noticiário da Reuter, em Abril de 1961, quando, estupefacto, fiquei a saber, que um Nauta, pela primária vez, navegava no espaço sideral, para dar uma volta completa ao nosso Planeta, que de lá parecia azul; e soube também que se e chamava Iuri Gagarin, que erra Russo, e a sua nave se chamava Vostok 1.
O Nauta… passava dessa forma a astromauta…
Foi então o homem à Lua e por lá passeou dando saltos de contente, e já anuncia, fazer o mesmo em Marte…
O sonho continuou a espicaçar oo Nauta, e para que todo o ser humano fosse Nauta, criou electrónicamente um espaço, que baptizou de Internet, no qual todos se pudessem cruzar e navegar, passando a ser Cibernautas.
E acham que o sonho e os Nautas, vão ficar por aqui?
O que fica é o meu pensamento sobre o assunto:
“Navegar ganhou a dimensão do
Universo, e a imensidão do sonho…”