Agora todos são astros …basta terem um telemóvel à mão; como não será quando estiver inteiramente disponível a inteligência artificial.
Mas Astros, na realidade, são o Sol e a Lua, a Terra, os outros Planetas, os que vemos e aqueles que não vemos, e os biliões de estrelas da nossa galáxia, ou de outras que também não vemos, mas que estamos mortinhos por ver.
Não me custa nada acreditar, acredito mesmo, que tal como o Sol é determinante na vida da Terra, e a Lua, nosso satélite, o é também, que iguais influências tenham sobre o que na Terra se passa, a deslocação e o posicionamento dos outros astros.
Os movimentos e efeitos de todo o sistema em que estamos inseridos, são seguidos e registados astronomicamente, desde há séculos, e presentemente até a partir do próprio espaço, em observatórios orbitais, que escrutinam ao segundo a nossa e novas galáxias, para espanto e prazer do Homem, por via de sofisticados telescópios, que os enquadram e detalham, até ao mínimo pormenor.
Sucede que este ano, na última semana de Março que acaba de passar, teve lugar um fenómeno assinalável: um grupo importante de Planetas da nossa galáxia, Júpiter, Mercúrio, Vénus, Urano e Marte, ao qual se juntou, o que é raro, a nossa Lua, se apresentou em perfeito alinhamento uns com os outros, cada um contudo na sua órbita , fenómeno que se designa em Astronomia como Conjunção Planetária, um magnifico espectáculo, que permitiu imagens únicas para a História alargada que o Mundo escreve.
O referido fenómeno, acontece com intervalos de 20 a 30 anos, e com parceiros diferentes, mas nem sempre é tão alargado quanto o foi desta vez.
Dizem os registos humanos, que nestas raras ocasiões, a sociedade terrena passa sempre por acontecimentos marcantes, ou por agitações incomuns, que geram mudanças profundas, tanto no sentido positivo como no negativo.
E desta vez, basta olharmos à nossa volta, para constatarmos que parece estar a cumprir-se essa tão propalada previsão: a agitação social é visível em todo o nosso planeta, a luta pela alteração do poder comercial chegou ao rubro, a reorganização geopolítica foi anunciada, e regressou e manifesta-se, a ambição de alargamento territorial ou de influência, e a todo o momento se dizimam vidas, onde, pela força do trabalho, se colhiam bens essenciais. Ultrapassam-se regras, esquecem-se acordos, troca-se a verdade pela meia verdade, e alarga-se a distância entre quem come e quem passa fome.
Será isso então culpa dos Astros, e das suas Conjugações, como esta?
Ou será, pelo contrário, que os Astros nas tais Conjugações, o que nos relembram afinal, é que é possível o alinhamento num sentido comum, ainda que em órbitas diversas, fazendo das diferenças motivo de variedade e de beleza, e não de distância, como se confirmou neste cíclico acontecimento astronómico, passado na grandeza imensa do mosso espaço galáctico?
Ou será, e é uma última pergunta, que aquilo que na pequena Terra acontece e se agudiza, é afinal e apenas, resultado da estultícia Humana, ou da sua desbragada gula?
Tenho o meu palpite; mas respeito o vosso…
Aqui fica o meu pensamento sobre o assunto:
“Há astros e Astros; uns passageiros… os outros perenes.”