“Obrigado, também se usa“
Esta foi talvez a frase que mais ouvi, no caminho de aprendizagem que todos fazemos, para bem nos adaptarmos, como é devido, à vida em sociedade. E de tanto a ouvir… aprendi.
Aprendi que qualquer serviço, ainda que pago seja, merece ser agradecido. O que se paga é o custo do que se adquire, o que é naturalmente obrigatório, mas há que agradecer a forma, a rapidez, a simpatia, ou o profissionalismo com que o serviço foi feito.
Quando nos oferecem qualquer coisa, não podemos pagar doutra forma que não seja agradecendo: Muito Obrigado!
Quando me esquecia disso, logo tinha à perna a minha instrutora caseira, com a frase da lembrança: “Obrigado, também se usa!”
Hoje em dia, sinal dos tempos talvez, pouco se ouve dizer Obrigado!, parecendo até, em muitos casos, que as pessoas se sentem inferiorizadas por agradecer, uma vez que pagam. Pois acho pelo contrário, que isso apenas enobrece quem o faz, quando o faz com gosto, e seja a quem fôr.
Reparem que se não paga mais ao dizer obrigado, e se ganha sempre um sorriso que o recompensa, de quem, com isso sente, que cumpriu bem o seu dever.
Na verdade, ou será minha impressão, o “obrigado… sempre se usa”, é coisa que vai passando, vai caindo em desuso.
Por isso o venho lembrar hoje aqui, em nome de quem mo ensinou, que é um belo gesto de civilidade e de calor humano, que enriquece quem o faz e quem o rodeia.
A palavra é tão bonita, que quando pela primeira vez as caravelas Lusitanas arribaram ao Japão nos anos 500, entre as palavras que o povo japonês adoptou para a sua língua, de tanto provavelmente a ouvir, foi essa: “Arigatō” (Obrigado). E ainda hoje a usa!
A propósito: Obrigado por me lerem!
Quem escreve não tem outra intenção, senão dizer o que lhe vai na alma e no pensamento, e não pede que concordem ou aceitem, mas que vão tendo a paciência de o ler.
Aqui fica o meu pensamento sobre o assunto:
