Quando alguém diz “Gosto de si”, na verdade nós não sabemos quanto, qual é a dimensão desse gostar na escala de quem o diz.
O mesmo sucede, quando alguém afirma detestar alguma coisa; a verdade também não sabemos, quanto é que essa pessoa não gosta.
Quando alguém não diz, mas inveja algo que seja nosso, mesmo se o dissesse não saberíamos correctamente avaliar, qual a abrangência dessa pretensa inveja.
Isso acontece porque o valor, a dimensão, o peso, a força e até a resiliência dos sentimentos, são estritamente pessoais, e tão profundos que até o próprio, muitas vezes não tem exacta noção de quanto conta para si aquilo que sente, aonde o pode levar, e se é capaz de o dominar, e outras tantas vezes, não consegue descortinar sequer, a sua razão de ser.
Se isto é acontece ao próprio, imerge-se o que acontecerá ao receptor do sentimento alheio, aquele ou aquilo, que é amado ou detestado, ou supostamente invejado…
Se não o sabe na perfeição o autor, como o poderá medir o beneficiário? Apenas pela sua bitola, a dele, que é, como sabemos pessoal, e, portanto, diferente.
A dimensão, ou o valor de quem sente ou expressa, não são os de quem recebe, que pode percecionar para mais ou para menos, tanto o peso como a força, a constância, ou a quantidade da oferta.
Isto é um facto no relacionamento humano, tanto no próximo, como no do trabalho, e ou no que fazemos fora dele.
Cada um tem a sua escala; com ela vive, e tudo mede, e não com outra…
Assim nos relacionamos e por isso nos os desentendemos.
O meu pensamento sobre o assunto:
“Nem quem sente…sabe quanto! ”
FF92