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alexandra serra
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O novo mundo de vendedores online. Das dezenas aos milhares de clientes!

Lojas de vestuário, calçado e acessórios que recebiam dezenas de pessoas num dia recebem agora milhares, por hora, online.  São cada vez mais os lojistas, feirantes ou até novos negócios a utilizar o Facebook para chegar aos clientes e conseguir escoar os seus produtos.

Alguém a olhar para a câmara enquanto mostra os produtos à venda, um telemóvel a gravar e fica tudo pronto: está na hora de começar um direto no Facebook.
Esta é  a opção de cada vez mais comerciantes por todo o País, começaram no tempo de confinamento. Podemos encontrar roupa, calçado, acessórios de moda, bijuteria, têxteis ou até Bimbys.. Agora, é o público quem chega até eles. E aos milhares de cada vez. É definitivamente um fenómeno,
Basta entrar na opção Watch, no Facebook, pesquisar pela palavra “acessórios”, por exemplo, escolher a opção “Direto” e facilmente irá encontrar alguém a transmitir – e a vender – em tempo real. Além disso, os números já atingidos por alguns destes vendedores são impressionantes.
Para se ter uma noção, até à data em que escrevemos este artigo, o vídeo mais popular da loja “Elisanel”, com mais de 4200 seguidores no Facebook, tem 1100 comentários, 200 reações, 1200 partilhas e 15 mil visualizações.

“O pormenor marca a diferença ”

Eva é feirante, tem loja física, e, com o confinamento de março e abril do ano passado, decidiu começar a vender através dos diretos no Facebook.
“Gostava da vida livre. De andar na rua ao sol e à chuva, mas tivemos de nos adaptar.  Já voltou às feiras. Mas continua fazer direto uma vez por semana “as pessoas agora já vão  com reservas, é diferente”, afirma.
O que a levou a começar com os vídeos foi a necessidade de escoar stock e agora as clientes já sentem a falta dela todas as quartas feiras á noite.
Existe a  importância de ter a imagem de alguém neste tipo de vídeos, a comunicar diretamente para o auditório, agora representado em comentários e partilhas. Ser um host.  É o mais importante.
A anfitriã nos vídeos da “Elisanel” é a própria Eva Lourenço e esta percebe o potencial. “As pessoas conseguem ver como fazer conjugações dos acessórios em mim”, diz.

Entretanto, para chegar a números, significativos as estratégias não se esgotam .

Além do telemóvel a gravar, do anfitrião, e das peças para vender, é preciso chegar ao público ou fazê-lo chegar a cada loja, com tantas a fazer diretos e a tentar conquistar este mercado. Para começar, o horário de transmissão.
Entre os comerciantes há um padrão que passa por transmitir fora do horário laboral. Ou seja, depois das 18h, à noite e até ao fim de semana.
Mas existe também quem escolha o dia, e até a hora, de forma aleatória. Até porque, nesta altura já é preciso surpreender nos horários, para não coincidir com outros diretos.
Este crescimento de pessoas a vender online é notório.
No entanto, o aumento de vendedores, que migraram sobretudo das lojas fechadas no confinamento, não é todo propriamente bom.
O número de gente a fazer diretos triplicou ou quadruplicou e o número de vendas diminui, para quem sempre viveu desta forma. Além de o consumidor ter de estar consciente dos seus direitos enquanto consumidor.
“Isto dá muito trabalho. Ir ao fornecedor, preparar tudo para os vídeos, encomendas, fazer contas e apontar os nomes. Não é só pôr a gravar”. Apesar disso, Eva tem as suas feiras e a loja.
“Foi difícil começar, mas desde que entramos em confinamento tivemos mesmo de arregaçar as mangas”, confessa. E até já sabe um dos truques para atrair mais clientes: “Oferecer um prémio pelas partilhas.”
As partilhas são a forma mais utilizada por estes vendedores online para chegar a mais pessoas e, para incentivar, oferecem um prémio a quem partilhar mais aquele direto. É a lógica do “Mestre das Partilhas”, e o vencedor sairá de um sorteio no final da transmissão.
Depois de reunir o público é preciso mantê-lo.
A “Elisanel”, continua com a sua loja  aberta Penafiel, faz as suas feiras pelo norte do pais e pode encontra-la todas a quartas-feiras á noite no https://www.facebook.com/profile.php?id=100057427930280  a fazer companhia a muitas pessoas já viciadas nos seus diretos.
 Assim o Facebook é um bom canal de media para uma marca, mas que paga para ter alcance. Estas pessoas não pagam nada, mas perceberam como alcançar as pessoas através dos diretos.
Eva , da “Elisanel”, diz  que nem ligava ao Facebook, mas está contente com o resultado. Até porque se não fosse assim “uma pessoa de Lisboa, por exemplo, nunca iria visitar-me na feira”.
Agora, graças aos diretos, envia através dos CTT para Portugal inteiro e até para outros países. Uma tendência acontece com quase todos os vendedores nestas plataformas.

Créditos Imagem:

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