Aparentemente, as promessas ficaram todas por cumprir. Morreram nas chamas 115 pessoas e centenas de animais.
Seis anos dos incêndios em Pedrogão Grande, os incêndios que deixaram o país em estado de alerta, e que fizeram 66 vítimas mortais e ceifaram a vida a centenas de animais. Os que sobreviveram ficaram sem habitat.
Pessoas morreram nas estradas depois de os primeiros focos de incêndios alastrarem, quando deflagraram ao início da tarde de 17 de junho de 2017. Cerca de 500 casas ficaram destruídas pelas chamas.
António Costa, que seis anos depois ainda se mantém em funções, recordou esta tragédia.
“Não há ano que passe que nos faça esquecer a tragédia dos incêndios de 2017. Curvemo-nos perante a memória das vítimas e expressemos sempre respeito pela dor das famílias”, escreveu o primeiro-ministro num conjunto de mensagens divulgadas no Twitter.
O primeiro-ministro aponta igualmente que “a memória deve acima de tudo reanimar a determinação de prosseguir o trabalho de reforma estrutural da floresta e de recordar o dever de todos” prevenir o risco de incêndio.
António Costa refere-se ainda ao memorial de homenagem às vítimas dos incêndios de 2017, da autoria do arquiteto Souto Moura, que foi aberto ao público na quinta-feira, sem cerimónia oficial de inauguração.
“Concluída esta semana a obra projetada por Eduardo Souto Moura, em data a escolher pela Câmara Municipal e de acordo com as famílias, aí devemos homenagear permanentemente os que perdemos”, salientou o chefe de Governo.
Na quinta-feira, a Infraestruturas de Portugal anunciou a abertura ao público do Memorial às Vítimas dos Incêndios de 2017.
O memorial está localizado junto à Estrada Nacional 236-1, na zona de Pobrais, Pedrógão Grande (Leiria), e é constituído por um lago e um muro que tem inscrito o nome das 115 vítimas dos incêndios florestais de junho e outubro de 2017.
Os fogos destruíram também cerca de meio milhar de casas e 50 empresas.
A maioria das vítimas mortais foi encontrada na Estrada Nacional (EN) 236-1, que liga Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, junto à qual foi erguido o memorial.
Em outubro do mesmo ano, outros incêndios na região Centro provocaram 49 mortos e cerca de 70 feridos, registando-se ainda a destruição, total ou parcial, de cerca de 1.500 casas e mais de 500 empresas.