Saber nadar é ponto obrigatório para quem no mar faz a sua vida. E Isso tem toda a razão de ser porque não se parte para a aventura, sem saber nela viver.
Esta recomendação, válida para o Mar é válida para tudo na vida.
Mas há ainda outra norma, igualmente útil, que é não se partir para a aventura sem ter um rumo, e bem definido.
Ter um Rumo é escolher e estudar um caminho, que seja o mais seguro para se alcançar o destino, antecipando soluções para as dificuldades esperadas, e tirando partido das facilidades que ele ofereça.
O Rumo é assim uma operação prévia, de escolha e de estudo, daquilo que nos espera no percurso, que antecipa soluções e garante prazos, garantindo uma viagem sem sobressaltos, e uma chegada ao destino no tempo exactamente previsto.
Ter um rumo, é em tudo uma regra de ouro, tão útil quanto necessária, e até como garante doo sucesso.
No entanto, o que cada vez mais se vê fazer, é lançar ideias, ou apontar destinos sem rumo prévio, propor objectivos vagos ou absurdos, como quem lança papagaios de papel, sem verificar sequer, se haverá vento para os aguentar voando.
Quantas propostas irrealistas são só e apenas isso, prenhes em palavras, esbanjando tempo e espaço, destinos sem rumo.
Acho, como nunca tinha achado, que, mais do que iluminados fantasistas, do que o Mundo se calhar precisa, é de quem simplesmente saiba, para além de nadar, traçar um rumo, o tal que dá a conhecer à partida, as dificuldades e os benefícios do percurso, e desde logo também, tenha, já estudadas, as soluções necessárias, para um andamento sem surpresas.
Volto à linguagem náutica:
Chega sempre a bom porto quem segue um rumo.
É o que a Vida, ela própria, nos aconselha a fazer a cada instante, durante o tempo em que nela andamos.
Será que realmente o cumprimos?
Isso é hoje, mais do que nunca necessário, tão turvas estão as águas, na geografia do Mundo.