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Duplo F
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O calção feminino nos meus tempos de rapaz

Já que falei na gravata masculina, falo hoje do calção feminino, que tal como hoje existe, nem por sonhos se previa nos meus tempos de rapaz.

Devo dizer que vivi a minha juventude num encantador país tropical, na verde faixa marítima do oceano Índico, onde se situam algumas das mais belas praias do mundo.

Por aí, já nos anos 40, calculem, as raparigas andavam de calções e até calças compridas, coisa que por cá nem sequer era sonhada!

De calções e meias altas, andei também eu até aos 18 anos, e portanto, de calções, falo à vontade.

Naquela altura os calções das raparigas, exceção feita à conformação e às “precisões”, eram iguais aos dos rapazes no seu tamanho geral.

Quando nos anos 50 cheguei a Lisboa calções, principalmente femininos, nem vê-los; tive de arranjar outros encantos.

Pois 60 anos passados, mal desperta o verão, a minha Lisboa de hoje enche-se de raparigas e de calções, e de tal modo reduzidos, que calções não poderei chamar-lhes, mas outra coisa qualquer. Dá para pensar: Será falta de tecido, ou exagero no corte?

Nada disso, é simplesmente uma imposição da Moda;  e se é moda, quem sou eu para julga-la, convicto até, como sempre estive, que o povo tem bem razão quando diz que: “ O que é bom é para se ver!”

Mas também é verdade que quando a oferta é muita…o pobre desconfia!

É sobre a Moda vos deixo o meu pensamento:

 A Moda é uma adição; quem nela entra, raramente dela sai, seja qual for o seu preço. E afinal o que a moda faz, é tão somente retocar o exterior, tudo o que está por dentro, ficará inalterado!

 Venha ao “Canto” que é do velho, para o ler o próximo.

F88

 

Créditos Imagem:

logan Weaver; unsplash

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