Há já um tempo, admirado com o quase silêncio sobre uma tal “Inteligência Artificial”, cujo lançamento pleno se previa para o ano de 2025, vos alertei aqui, neste espaço, para a prodigiosa revolução que ela traria à vida humana, de bom, espantoso até, e de preocupante, no que diz respeito à adaptação a uma singular situação, que em quase tudo irá estar presente, desde a autoria e a imaginação, que fazem hoje a diferença, até ao ensino e ao conhecimento, à produtividade e ao trabalho, ou quiçá, mesmo, à escassez dele.
E que dizer da área da sensibilidade, do prazer, da escolha pessoal, e do comportamento?
O Robô, que já para nós não é novo, ganhará outras valências, e claro, inteligência, ainda que artificial, e como se sabe, ele pode trabalhar sem reivindicações, bem passivo, e pode fazê-lo a qualquer hora, e sem êrros, algures até no mapa do Mundo. Não precisa de intervalos para comer, muito menos para saborear o tradicional cafezito. Férias …nem vê-las, a não ser para uma eventual manutenção, que se calhar até o próprio poderá fazer. En princípio não fala, mas pode também falar, se tal for necessário ou adequado, e inteligentemente até, responderá ao que lhe for perguntado…
Quem hoje precisa de condutor, já tem à sua disposição uma viatura a inteligente e segura, à qual basará soprar o endereço do local, sem coordenadas, e até no mar, está a ser testado um barco, capaz de cruzar os oceanos, com passageiros, mas sem tripulação, e com garantida de segurança máxima.
Que mais quarem? É só dizer…
Olhado o assunto pela outra face, de facto um robô não come, mas indispensavelmente se alimenta de energia eléctrica, directa ou acumulada, que já por si é escassa quando é verde, e poluente quando negra, provinda do crude ou do carvão.
Parece agradável, mas é também preocupante, quando passamos da área mecânica para a sensitiva, onde os robôs podem ser escolhidos por catálogo, ao gosto do freguês, e ajustados à sensibilidade do dono, respondendo a preceito a todas as possíveis solicitações.
Dá realmente que pensar, ao que fica reduzido o ser Humano, neste caso o criador da criatura, a quem passou o seu direito de autoria e o uso do seu cérebro, mantendo para si os erros e defeitos habituais, perigosamente diminuindo a sua absoluta necessidade de pensar, e até de aprender, e de fazer, sem ser através do toque dum botão.
E nem vos digo que se diz, que, criada que foi, não encontra o homem uma e maneira fácil de travar a sua IA, que acaba de pôr em funcionamento.
Mas não se assustem…
Fiquem certos que o tal Homo Sapiens, Sapiens, sempre, ao longo de milénios, a tudo se conseguiu adaptar.
Assim será também desta vez!
O meu pensamento sobre o assunto:
“O artificial pode subjugar o natural…!!”