Segundo o Santuário de Fátima, a imagem vai ficar durante um mês na Ucrânia. Saíu de Lisboa para Cracóvia, na Polónia, e lá foi acolhida e transportada pela comunidade greco-católica de Lviv.
D. José de Ornellas Carvalho disse aos jornalistas que “a tradição eslava da igreja ortodoxa e da igreja greco-católica é muito mariana”.
Portanto, “em nome do coração materno de Maria não podemos andar a matar-nos uns aos outros; não podemos matar-nos em nome de Deus. Não atribuam a Deus nem a Maria qualquer espécie de ódio. Somos todos filhos dela. Nenhuma mãe gosta de ver os filhos em guerra. Maria de Fátima, mãe de Jesus e da Igreja, ensina-nos a encontrar caminhos de paz. Esta é a atualidade da mensagem de Fátima, que é uma enorme mensagem de paz para o mundo inteiro”, disse D. José Ornelas Carvalho no final da tarde de domingo, em Leiria, depois da Missa de tomada de posse e inicio do seu ministério episcopal como bispo titular da diocese de Leiria-Fátima.
Testemunho dos videntes de Fátima avisavam para esta guerra?
O Papa Francisco vai consagrar a Rússia e Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria, no dia 25 de março, numa cerimónia marcada para as 17h00 [menos uma em Lisboa] na Basílica de São Pedro.
A Santa Sé informa que o mesmo ato será realizado em Fátima, em ligação ao Vaticano, pelo cardeal Konrad Krajewski, esmoler pontifício, como enviado do Papa.
A celebração, na Cova da Iria, vai decorrer na Capelinha das Aparições.
A 25 de março de 1984, o Papa São João Paulo II presidiu à consagração do mundo ao coração de Maria, no Vaticano, diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima, venerada na Capelinha das Aparições, a mesma que, em 2000, colocou entre os bispos de todo o mundo, consagrando-lhe o terceiro milénio.
O testemunho dos videntes de Fátima regista que, na aparição de 13 de julho de 1917, Nossa Senhora lhes disse: “Para impedir a guerra virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos Primeiros Sábados”.
“Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas. Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”, registava Irmã Lúcia, falecida em 2005, nas suas ‘Memórias’.