Esta semana parei os olhos numa notícia do Correio da Manhã cujo título deveria ser: Terror adolescente! Uma jovem de 14 anos foi violada em grupo em Viseu no mês passado. Os abusos foram filmados e imagens circulam na escola. O ex-namorado da miúda terá planeado vingar-se da rapariga. Marcou encontro com a jovem e apareceu com mais três amigos que a violaram à vez pelos quatro. O ex namorado terá planeado vingar-se da ex namorado. Não bastasse isso ainda filmaram e meteram a circular e a serem partilhadas entre os jovens estudantes de Viseu. O caso está a chocar a comunidade escolar.
Quem ficou chocada fui eu! Como é possível? Estamos a criar pequenos monstrinhos como homens de amanhã? Estamos a dar-lhe que tipo de educação? Sim, que tipo de educação dão os pais destes menores que decidiram violar em grupo e meter o próprio crime nas redes sociais. Os pais destes miúdos não lhes ensinam o que é um ato criminoso e que terá consequências? Ainda por cima são cobardes, em GRUPO diz muito do carácter com que se estão a desenvolver estes jovens. E é isto a toda a hora! Filhos a matarem os pais por heranças, filhos a mataram as mães por dá cá aquela palha, filhos a violarem amigas e colegas sem qualquer tipo de pudor e, até, a colocarem nas redes sociais a violação para (sei lá) se sentirem uns grandes machos. Machinhos de 16 anos.
Eu tenho uma opinião muito própria. Há cada vez mais tráfego nas redes sociais. Há cada vez mais violência nas redes. Eu considero que deviam começar a ensinar nas escolas desde a primária os perigos que estão atrás destas redes. Que os miúdos absorvem e consomem mais violência do que se pensa. Está nas hormonas, estão em crescimento. É nessas idades que se devbe saber educar e ter firmeza ao fazê-lo.
Deviam ensinar nas escolas que violar e matar é crime e dá prisão. E não há paizinho nem mãezinha que os vá salvar do cárcere. Devuiam ensinar que violar ou apalpar ou agredir é um crime seja em que idade for cometido.
Os PAIS têm de começar a ‘bater mais nestas teclas’ do que é certo e o que é errado. Porque a mim parece-me que estes adolescentes não têm consciência do que podem ou não fazer, do que é ou não permitido, não tem noção dos limites, não lhes ensinam que a liberdade dele acaba onde começa a dos outros, que roubar é crime, que ambição a mais faz mal, que a humildade não é nenhuma fraqueza e faz das pessoas bons carácteres, que gritar com os outros não é comunicar mas sim intimidar, que as coisas não caiem do céu pois têm todas um custo…
Meus Deus, qualquer que Ele seja, ainda bem que os meus pais ensinaram-me tanto mas tanto e passaram-me tanta coisa boa e educaram-me com dois termos na boca: ISTOÉ CERTO e ISTO É ERRADO. Basta isso e depois explicar o porquê. Nada mais que isso. Sempre com firmeza na atitude tomada porque há muitos pais que se esquecem que um filho não é o ‘bacana’ do maior amigo. É um Ser em crescimento, ele próprio escolherá os seus amigos. E, pelos vistos, este adolescente actuou com mais três amigos. Portanto, aquele ditado popular antigo do “diz-me com quem andas dir-te-ei quem és” não está assim tão desadequado à situação.
Sinceramente, sou humana, não sou nenhum animal, estes jovens deviam ser castigados levando-os à justiça. Tem de se começar por qualquer lado. Assim todos os dias é que não dá.
Não sou mãe, nem quero aqui estar a dar sermão aos pais, nada disso, quem sou eu para fazê-lo… mas sinto que os miúdos de hoje, mesmo os dos meus amigos, vivem numa realidade paralela.
Quando um adolescente diz a outro:”o teu pai só ganha 1500€? Deve ser um pobre” – que responder a este tipo de mentalidade? Não os ouvimos falar em projectos, em causas, em trabalho… na minha adolescência inscrevia-me na câmara de Cascais durante as férias escolares de verão e ia trabalhar no jardim Marechal Carmona a varrer folhinhas do chão etc., etc.. Para aprender o valor do trabalho. Foi assim que me ensinou o meu pai.
Hoje em dia os adolescentes só pedem é dinheiro aos pais para irem aos festivais. Não é que não houvesse grandes noitadas na minha juventude masd não me lembro de ninguém violar ninguém. Há diferenças nas mentalidades.
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