Hoje vou falar dos animais a quem não é dada uma segunda chance quando são encaminhados para os centros de recolha público das autarquias.
Vou vos contar a história da Skadi. Mas temos centenas de Skadis nas nossas vidas.
A Skadi foi encontrada num estado avançado de sarna, numa magreza extrema, parecia nem ter olhos. Hoje é uma cadela linda , peluda, comilona e super doce.
Mas estes animais quando capturados pelas entidades públicas não têm uma segunda chance (salvo raras exceções) regra geral são “abatidos” mal chegam às instalações.
É inadmissível que não se dê uma segunda chance a um animal que deu uma demonstração de forca incrível ao superar todas as adversidades das ruas num estado destes. Existem algumas regras em que mesmo com a lei do não abate os animais podem ser abatidos: doenças de pele ( inadmissível ), doenças crónicas ( leshmaniose) e agressividade ( muitas vezes a agressividade é do medo e pânico que o animal sente no momento do resgate ).
Penso que as coisas ja mudaram em alguns locais, regra geral, estes animais não passam das primeiras horas depois da recolha … por isso acho importante os protocolos com associações, para que estes animais para lá sejam encaminhados e recuperados.
SKADI A MENINA QUE SUPEROU A MORTE
Todos que seguem a Coração100dono nas redes sociais já conhecem a ” bidente ” com o sorriso mais lindo e grato deste mundo. Há dois anos e meio quando fomos ao encontro de um pedido de ajuda demos de caras com um ser no limite do sofrimento.
A Skadi rendeu-se mal cheguei perto e lhe toquei…O sofrimento em que se encontrava deixou-me de lágrimas nos olhos. Era uma incógnita, não sabíamos sequer se tinha olhos e pensávamos que era cega… No primeiro encontro com a taça da comida percebemos que tínhamos Skadi pois o apetite não enganava, o sofrimento era todo exterior.
Acompanhar a evolução da Skadi e a sua recuperação foi uma lição de vida assim como têm sido muitos dos nossos meninos.
Hoje a nossa ‘badoxa’ é uma cabeluda linda e eternamente grata …
Estes são os animais que nunca passam quando vão parar a instituições públicas, são sempre sacrificados sem terem hipóteses de mostrar que são fortes e conseguem superar a maldade a que foram sujeitos.