Morreu Mário Matos Ribeiro, em Lisboa, aos 64 anos. Foi um dos pioneiros da moda de autor em Portugal.
Mário Matos Ribeiro morreu em Lisboa, aos 64 anos. Foi um dos “mais relevantes pioneiros” da moda de autor em Portugal e co-fundador da ModaLisboa, anunciou a Associação ModaLisboa.
Na sua página na Internet, a associação realçou que Mário Matos Ribeiro criou, com Eduarda Abbondanza, a Abbondanza/Matos Ribeiro, “marca estrutural na cena cultural da cidade e do país” e ao longo dos anos juntou na carreira os títulos de director de arte, investigador, consultor, curador e mentor.
“Dedicou toda a sua vida ao ensino e ao futuro. Era discípulo da perfeição e exigia humanidade. É com pesar que a ModaLisboa escreve sobre a perda de um dos seus elementos maiores”.
Mário Matos Ribeiro ensinava Design de Moda na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, onde começou como assistente convidado, em 1992. Foi director criativo da ModaLisboa entre 1992 e 2010.
Era, desde 1993, investigador do Centro de Investigação em Território, Arquitectura e Design, da Universidade Lusíada de Lisboa.
A primeira edição do projecto ModaLisboa, uma concepção e produção de Eduarda Abbondanza e Mário Matos Ribeiro, data de Março de 1991, no Teatro São Luiz, a partir de um convite do Departamento de Turismo da Câmara Municipal de Lisboa, tendo participado 13 criadores que apresentaram colecções para o Inverno de 1991/92.
A ModaLisboa comemorou trinta anos em Abril de 2021.
No facebook, a directora da Associação ModaLisboa, Eduarda Abbondanza, ex-companheira de Matos Ribeiro com quem teve uma filha, Sofia, fez-lhe uma homenagem onde diz que falar sobre Mário Matos Ribeiro “é falar do exímio, da transcendência, a procura permanente da perfeição”.
“Falar sobre ti é falar sobre moda no seu lado mais profundo e magnífico, da construção e da concepção, dias e noites a investigar e a experimentar até à exaustão. Foi intensa, recheada e emocionante a nossa história, nunca simples ou fácil. A forte intuição que nos era comum unia-nos nas diferenças”, escreveu Eduarda Abbondanza.