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O realizador português tinha 79 anos. O cinema está de luto.

Morreu o cineasta Lauro António

 |  Alexandra Ferreira  |  ,

O popular realizador de cinema português foi vítima de morte súbita em sua casa. Com uma carreira carregada de filmes entre os quais ‘Manhã Submersa’ (1980) e ‘O Vestido Cor de Fogo’ (1986), Lauro António era um verdadeiro apaixonado pela 7ªArte.

Com a morte do cineasta aos 79 anos, o cinema e a cultura portuguesa ficam, sem dúvida, muito mais pobres.

Entretanto, a Apoiarte e a Casa do Artista já fizeram um comunicado a dar conta da infeliz notícia para o cinema português.

“É com profunda tristeza que comunicamos o falecimento do nosso Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Lauro António de Carvalho Torres Corado”, escrevem.

“Um nome e um percurso indissociáveis da História do Cinema em Portugal, a quem a Casa do Artista agradece a dedicação, a frescura de pensamento e o legado que deixa a esta Causa bem como a toda a comunidade artística”, referem na nota.

O percurso e a carreira do cinéfilo é extensa como contam no comunicado.

“Formado em História, foi cineasta, critico, produtor, professor.

Realizou as longas metragens “Manhã Submersa” e “O Vestido Cor de Fogo” e curtas metragens como “Prefácio de Vergílio Ferreira”, “O Zé Povinho na Revolução”, “Bonecos de Estremoz”, Vamos ao Nimas”, a série “Histórias de Mulheres” e filmes como “A Bela e a Rosa”, “Casino Oceano”, “Conto de Natal” entre muitos outros.

Marcou presença em centenas de Festivais e Semanas de Cinema Português, tendo sido membro de Júri de muitos. Foi distinguido com múltiplos prémios nacionais e internacionais.

Na qualidade de crítico e ensaísta de cinema contam-se mais de cinco dezenas de obras publicadas. “O Cinema Entre Nós”, “Cinema e Censura em Portugal”, “Cinema e Comunicação Social”, “O Ensino, o Cinema e o Audiovisual” são apenas alguns exemplos.
Assumiu a Direção de publicações de cinema e vídeo e exerceu a crítica cinematográfica com regularidade em publicações como Diário de Lisboa, Diário de Notícias, A Capital, O Comércio do Porto, A Bola, Revista História, Jornal I.

Levou o cinema na voz através da rádio como autor de diversos programas de cinema em estações como RDP, Rádio Comercial, Rádio Clube Português, Rádio Geste, Antena 2.

No teatro foi autor e encenador de “Três Peças em Um Acto”, “A Encenação”, “Florbela”, entre outras.

Na TVI foi conselheiro para a área do cinema e autor e apresentador do programa “Lauro António Apresenta…”.

A divulgação do cinema também através da organização de ciclos e de sessões dedicadas ao tema foi uma constante. Uma missão.

A Casa das Imagens Lauro António é expressão deste valioso percurso e desta sua total entrega à sétima arte.

A cultura fica hoje mais pobre.

Um abraço de conforto à família, em especial à esposa Maria Eduarda Colares e ao filho Frederico Corado”, rematam no comunicado.

Créditos Imagem:

@reprodução Redes Sociais de Lauro António

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