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Alex Konanyklin, empresário russo residente dos EUA, quer ver Putin como “criminoso de guerra”

Milionário russo dá um milhão para deterem Putin

 |  Alexandra Ferreira  |  ,

Alex Konanyklin, empresário russo residente nos EUA, ofereceu um milhão de dólares pela detenção do presidente russo, como “criminoso de guerra”, enquanto decorre a invasão da Ucrânia.

Uma recompensa de 1 milhão de dólares foi colocada a correr nas redes sociais, incluindo LinkedIn, pelo fundador do Russian Exchange Bank.

A publicação, entretanto banida pelo Facebook  devido ao “cartaz de procurado” com a cara de Vladimir Putin e as palavras: “Procurado: morto ou vivo. Vladimir Putin por assassinato em massa”.

Não demorou, o empresário russo voltou a re-publicar mas sem foto.

“A minha publicação foi banida devido à foto. Acham que foi uma decisão correta? Eu omito a imagem, pois era uma foto de “morto ou vivo”, mas este é o texto:

“Prometo pagar US$ 1.000.000 aos oficiais que, cumprindo com seu dever constitucional, prenderem Putin como criminoso de guerra sob as leis russas e internacionais”, escreveu Konanykhin.

“Putin não é o presidente russo, ele chegou ao poder como resultado de uma operação especial de explodir prédios de apartamentos na Rússia, depois violou a Constituição ao eliminar eleições livres e assassinar os seus opositores”, esclareceu.

“Como russo étnico e cidadão russo, vejo como meu dever moral facilitar a desnazificação da Rússia. Continuarei a apoiar a Ucrânia nos seus esforços heroicos para resistir ao ataque da horda de Putin”, rematou.

Na verdade, esta publicação não passou despercebida e, tal como Alex Konanykhin vai escrevendo nas redes sociais, já há gente de todo o Mundo a querer contribuir.

“A minha oferta está a ser muito notada. Se mil pessoas contribuíssem com um milhão cada uma, somaria um bilhão”, escreveu.

Depois escreveu que desde que a publicação alemã ‘Buid’ publicou a oferta de “recompensa por Putin”. “Agora as pessoas da Alemanha estão todas a perguntarem-me como podem contribuir”, escreveu.

Fundador do Russian Exchange Bank

Konanykhin tem uma história muito controversa com a Rússia e um passado turbulento com o país onde nasceu.

O empresário foi estudante de engenharia no Instituto Técnico e de Física de Moscovo mas foi expulso por administrar um pequeno negócio durante uma das suas férias de verão.

Depois de expulso, Konanykhin aproveitou a vaga de negócios possíveis durante a era da reforma económica de Mikhail Gorbachev. Em alguns anos, era dono de uma empresa de construção que valia 30 milhões.

Em 1991, foi fundador, co-proprietário e presidente do Russian Exchange Bank e, em 1992, foi considerado a pessoa mais rica da Rússia.

Em 1996, enquanto moravam nos Estados Unidos, Konanykhin e a mulher foram presos por agentes federais de imigração por alegadamente violarem as condições dos seus vistos americanos, de acordo com o relatório da WaPo de 1996.

Alegadamente a prisão foi engendrada e provocada por autoridades russas, alegando que Konanykhin havia desviado 8 milhões de dólares do Russian Exchange Bank de Moscou, diz WaPo.

O New York Times escreveu na ocasião – 2006 – que o caso arrastou-se durante semanas, com Konanykhin a testemunhar que foi ameaçado por alguns de seus assessores corporativos no Russian Exchange Bank o que provocou a sua fuga – temendo pela vida – primeiro para a Hungria, depois para a República Checa e, por fim, Nova York.

Konanykhin foi então libertado  e recebeu asilo político, que mais tarde foi revogado, mas depois concedido novamente, de acordo com o NYT.

 

Em 2011, Konanykhin fundou a TransparentBusiness, que auxilia empresas no gerenciamento de forças de trabalho remotas.

Também está envolvido no programa de media social “Unicorn Hunters”, um programa do género de “Shark Tank” que permite que “fundadores de unicórnios” apresentem ideias para investidores em todo o mundo.


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