O refém do Hamas, Eithan Yahalomi, de 12 anos, sequestrado em Nir Oz e devolvido a Israel na noite de segunda-feira, após 52 dias em cativeiro, contou aos familiares os horrores do seu cativeiro.
Durante os primeiros 16 dias, Eithan foi deixado em completo isolamento numa sala fechada.
Após os 16 dias, Eithan foi transferido para junto de um grupo de outros reféns de Nir Oz, o que lhe facilitou a sociabilização e já não estava sozinho, ali conhecia pessoas que o conheciam a ele também.
Eithan, ainda um pré-adolescente, contou à família que passou “horrores” nas mãos dos terroristas do Hamas.
A tia de Eitan Yahalomi, de 12 anos, relatou à TV francesa após a libertação do sobrinho na noite de segunda-feira. Em resposta à BFM, já na terça-feira, Deborah Cohen descreveu as condições que o sobrinho suportou durante os 52 dias no cativeiro do Hamas.
“Quando ele chegou a Gaza, todos os residentes, todos eles, o espancaram. Ele é uma criança de 12 anos”, disse Cohen. “Cada vez que uma das crianças chorava, eram logo ameaçados com armas para se calarem”.
Os terroristas do Hamas forçaram as crianças mantidas em cativeiro a assistir a vídeos das atrocidades que cometeram dentro de Israel em 7 de outubro, disse a tia de Eitan Yahalomi.
“Bateram-lhe e obrigaram-no a assistir a imagens do massacre que realizaram em 7 de outubro. Ele e outras crianças não podiam sequer chorar pois eram logo ameaçados com armas”.
Eitan já foi devolvido a Israel. O pai ainda continua refém.
O pai de Eitan, que defendeu a família na manhã do massacre, foi baleado pelos terroristas e também sequestrado ainda está detido na Faixa de Gaza.
Eithan foi inicialmente capturado com a mãe e duas irmãs, mas elas conseguiram escapar e correram de volta para Israel, enquanto o adolescente era levado para Gaza numa motocicleta.
O pai, Ohad, foi baleado e ferido num tiroteio com os terroristas e foi levado separadamente para Gaza, onde permanece.
Os vídeos que o jovem de 12 anos disse ter sido forçado a assistir foram filmados por terroristas do Hamas que documentaram os seus crimes em tempo real. Algumas das imagens foram capturadas por câmeras corporais, enquanto outras partes foram filmadas nos telemóveis dos terroristas e das vítimas e depois transmitidas nas redes sociais.
Mais de 20 comunidades na região fronteiriça de Gaza foram alvo de milhares de terroristas que invadiram Israel depois de terem passado a barreira fronteiriça na manhã de 7 de Outubro. Mais de 1.200 pessoas foram mortas, a maioria civis nas suas próprias casas e num local onde decorria um festival de música ao ar livre.