Talvez nunca tenha ouvido dizer esta frase, uma das tais que o Povo inventa e passam de boca em boca, caracterizando uma atitude ou uma situação, não apenas com graça, mas com profundo saber.
Por isso, são fáceis de entender e fixar.
Mariquinhas, sabe toda a gente que é aquele que se queixa por tudo e por nada, que se julga perseguido pelo diabo, e que não é capaz de suportar a mais ligeira das dores ou das adversidades, sem se sentir um desgraçado, e desfiar de imediato o seu extenso vale de lágrimas.
Todos nós conhecemos um.
Quem inventou este adágio, acrescentou-lhe o pé de salsa, para reforçar a fragilidade do tal mariquinhas, comparando-a à sensibilidade que tem um raminho de salsa, que facilmente se desfaz ao primeiro puxão, e tem de ser resguardado do vento, do sol e da luz, para não perder o viço.
Todos conhecemos um Mariquinhas, porque, verdade, verdadinha, há por norma mais queixosos permanentes, do que gente que aguenta a pé firme e que raramente se queixa, mesmo quando tem até boas razões para isso.
Mas os primeiros, os pés de salsa, acham-se mesmo vítimas de todos os males; como na vida o mal e o bem se dividem indistintamente, o que sucede é que os mariquinhas adoram fazer o papel do coitadinho; e quando do o não têm …inventam-no!
E são muitos os pés de salsa, porque há sempre quem se disponha a ouvir os seus lamentos, e até, quantas vezes, a ajudar à festa.
Não advogo o que acontecia no meu tempo, para travar essa vulgar paranoia; quando um mariquinhas dizia, choramingando, que lhe tinham batido na escola, não era raro levar de seguida outra chapada, ainda que suave, para aprender a defender-se, e a parar com a sua lamechice.
Claro que hoje não posso concordar com tal tratamento, mas lá que resultava…resultava!
O meu pensamento sobre o tema:
“Queijoso sim…queixinhas não!”