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O corpo da atriz saiu da Basílica da Estrela para o Alto de São João onde foi cremado

Marcelo e Costa juntos no último adeus a Eunice Muñoz

 |  Alexandra Ferreira  |  ,

Não houve muita gente, nem muitos aplausos no último adeus talvez devido ao insuportável vendaval que se sentia na rua. Não houve tapete vermelho, o vento levou-o… Esteve, de facto, um dia muito desagradável.

Contudo, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa não faltaram ao último adeus da atriz Eunice Muñoz. Também houve curiosos e fãs que até tocaram no caixão quando este saiu da Basílica da Estrela para o Alto de São João onde se fez a cremação do corpo da atriz numa cerimónia íntima para a família.

O Presidente da República, o Primeiro Ministro e o atual ministro da cultura Pedro Adão e Silva estiveram na missa e ainda deram dois dedos de conversa já na escadaria da igreja na rua.

À saída do caixão, coberto com a bandeira nacional e com o corpo de Eunice, não houve um ruidoso aplauso.

Mas quem aguentou o vento aplaudiu e, os fãs puderam até tocar-lhe no caixão, já que não havia uma multidão significativa e frenética de pessoas.

As condecorações recebidas pela atriz e a foto de Eunice de cabelos ao vento foram acomodadas na carrinha funerária carregada de coroas e ramos de flores.

A família, muito discreta, esteve sempre presente tendo o filho mais velho de Eunice recebido condolências de todas personalidades públicas que se deslocaram até à Basílica da Estrela no dia anterior como no dia de hoje.

Padre é amigo da família

Durante a homília o padre dirigiu-se a todos os presentes chamando-os de “queridos amores da Eunice”.

António Pedro Monteiro é um padre amigo da família que fez uma homília carregada de emoção apesar de ter logo avisado que não seria ele “a vos vou dizer o valor dela, as mais de 150 obras a que Eunice emprestou a sua pele falam por si.”

O padre revelou que o nome Eunice significa “vitoriosa” e “assenta-lhe como uma luva.”

O pároco falou na música “Last Train Home”, de Pat Metheny porque vê o momento da morte como um regresso a casa. “Que Eunice regresse, então, a casa, ao grande palco, como se até agora a vida dela tivesse sido só um grande ensaio”.

“Era uma pessoa doce, até ao fim”

Marcelo Rebelo de Sousa já tinha estado segunda-feira no velório de Eunice Muñoz, na Basílica da Estrela, em Lisboa. Na altura, recordou a atriz como “uma pessoa doce na maneira como se dava com os outros”.

Já o ministro da Cultura escreveu uma longa missiva na coroa de flores que enviou e não poupou elogios a esta grande atriz portuguesa.

“Foi um privilégio para Portugal ter uma atriz como Eunice Muñoz”, disse. “Uma atriz com um dom único e um talento natural para a representação.”

“Para os portugueses, Eunice Muñoz é o Teatro. É a verdadeira Senhora Teatro”, escreveu Pedro Adão e Silva no cartão que acompanhava a coroa florida.

Aliás, Eunice que tanto gostava de flores foi bem acompanhada. Flores e mais flores e tantas flores que foi preciso duas carrinhas para as transportar.

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