O Tribunal da da Relação de Coimbra reduziu a pena de Márcia Bernardo, madrasta de Valentina, de 18 para nove anos. Valentina, a menina de 9 anos, foi morta pelo pai, em maio de 2020, em Atouguia da Baleia, em Peniche. A madrasta mão prestou nem ajuda, nem chamou a polícia.
Sandro e Márcia Bernardo foram condenados, em abril passado, por homicídio qualificado, crime de abuso e simulação de sinais de perigo e profanação de cadáver, sendo que o pai foi também condenado por violência doméstica.
Sandro teve uma sentença de 25 anos de prisão e Márcia de 18, uma pena que foi agora reduzida para 9 anos.
O Ministério Público, que acusou o pai e a madrasta de Valentina dos crimes de homicídio qualificado e de profanação de cadáver, em coautoria, garantiu que os “arguidos a mataram”.
No despacho de acusação, o casal respondeu também pelo crime de abuso e simulação de sinais de perigo, enquanto o pai da criança está ainda acusado de um crime de violência doméstica.
Segundo o relatório da autópsia citado pelo MP, a morte de Valentina “foi devido a contusão cerebral com hemorragia subaracnoídea”.
O casal escondeu o corpo da Valentina numa zona florestal, na serra d’El Rei (concelho de Peniche), e combinou, no dia seguinte, alertar as autoridades para o “falso desaparecimento” da criança.