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Raparam o cabelo a Elena Milachina e partiram-lhe os dedos todos

Jornalista espancada na Chechénia

 |  Alexandra Ferreira  |  ,

Elena Milachina já foi transferida para  um hospital de Moscovo, tal como o seu advogado, esfaqueado durante o ataque brutal de homens chechenos.

À proeminente jornalista de investigação da Novaya Gazeta partiram-lhe os dedos, raparam-lhe o cabelo e tingiram-na de tinta verde. Ao advogado do jornal, Alexander Nemov, os homens armados espancaram-no brutalmente e até o esfaquearam…
Mal soube dos acontecimentos Kadirov deu ordem pessoalmente para ambos serem transferidos para um hospital em Beslan, no sul da Rússia após conversar telefonicamente com o Provedor de Direitos Humanos, Moskalkova.
Entretanto, a jornalista russa Elena Milachina já se encontra num hospital de Moscovo, depois de ter sido violentamente espancada na Chechénia, quando a viatura onde viajava juntamente com o advogado do jornal, Alexander Nemov, foi atacado por homens armados no trajeto entre o aeroporto e a capital, Grozny.
Ambos foram espancados e ameaçados por homens mascarados com recurso a armas de fogo.
Raparam os cabelos a Yelena Milashina, partiram-lhe os dedos das mãos e foi coberta de tinta verde. Já o Advogado Alexander Nemov foi esfaqueado.

Segundo a organização não governamental russa de defesa dos direitos humanos Memorial, a jornalista “perdeu a consciência” e “tem o corpo coberto de nódoas negras”.

Recorde-se que as autoridades chechenas já tinham demonstrado animosidade contra a jornalista Elena Milachina que, entre outras notícias, documentou execuções extrajudiciais na república russa do Cáucaso.

Em fevereiro de 2022, foi forçada a abandonar a Rússia depois de o líder checheno Ramzan Kadyrov ter ameaçado acusar a jornalista como “terrorista”.

Na terça-feira, a jornalista e o advogado deslocaram-se a Grozni para assistir à leitura da sentença de Zarema Moussaieva, a mulher de um antigo juiz federal russo de origem chechena, Saidi Iangoulbaiev, opositor de Kadyrov.

Zarema Moussaieva foi presa em janeiro de 2022 no norte da Rússia pelas forças de segurança chechenas e forçada a regressar ao Cáucaso.

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